Passados meses, voltei a escrever aqui. Basicamente, volto ao “berloque” ao mesmo tempo que volto ao ginásio. Bom, mentira. A componente fitness da minha vida, leva duas semanas de avanço - verdade seja dita. Estou a pesos-luz da condição que tinha antes de 19 de junho de 2022, e parece-me que até ao final deste ano civil, da graça do Senhor, também não vou conseguir recuperar a mesma. Mas também já estou farto de me lamentar. #sério
Para que fiquemos todos ao mesmo nível cronológico, vamos retomar a programação no ponto em que esta ficou. Ou seja, desde a última vez que estive por aqui, e conforme podem ler (e comprovar) no texto anterior, tive Covid-19. Ou o Covid-19 é que me teve. Ainda não sei avaliar muito bem esta questão. Não foi difícil, mas também não foi fácil. Não perdi o olfato, nem o paladar, não tive tosse e não tive dificuldades em respirar. Mas vivi dias em que a febre alta não desaparecia por nada, e ganhei um cansaço crónico que avançou por julho, até às primeiras semanas de agosto. Acordava todos os dias de ressaca - como se estivesse estado a noite anterior no T, em grande farra, completamente bêbado e aos beijos a desconhecidos (o que não aconteceu, para não haver dúvidas).
De lá para cá, tentei recuperar-me (já são 42 anos nestes ossos), fui de férias, andei em entrevistas para mudar de emprego, e b-a-s-i-c-a-m-e-n-t-e, a minha vida está c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e na mesma. Isso. Na mesma. Ah, mentira. Abri uma conta pessoal no Twitter, e só me aparecem no “Feed”, pilas e rabos. Dizem que é o algoritmo, que trabalha com as pessoas/contas que seguimos, mas eu não confirmo, nem desminto esta situação.
A única coisa que sei, é que estamos a chegar a 2023, a passos (muito) largos e tudo aquilo que tinha planeado, ou que queria que acontecesse, não correu como pretendia. O objetivo do “melhor” corpo de sempre foi à vidinha (porque não há Covid, nem velhice que resista), e aquela ideia espetacular de comprar um terreno, para construir a minha casa “rasteirinha” também desapareceu na espuma da inflação. De facto, Portugal, não é para Portugueses.
E para já, é o que me apraz contar, porque também não vos quero maçar muito. E dizer-vos ainda, que chorei horrores, a ver a nova série da Netflix, “Começar do zero” (cujo título original é “From Scratch”), também não é relevante – nem assim tão interessante.
Até amanhã. Se a vida assim o permitir - pareço os velhotes da aldeia, mas é o que temos de momento.