Nestes dias (que me pareceram meses), papei a série toda da Netflix, Bridgerton. E se na primeira temporada fiquei apaixonado pelo Duque de Hastings (Regé-Jean Page), na segunda cai de amores pelo Visconde Bridgerton (Jonathan Bailey). E antes que me espetem já um dedo acusador a dizer "deves pensar que tens queda para a realeza", apenas confirmo que gosto mesmo é de homens giros. E os dois atores que interpretam estes papéis, estão para lá dessa categoria. Além disso têm uns rabinhos, que ui, ui: "Bota perfeição nisso".
Além de preferir romances históricos aos "normais" (e por isso esperei pelo príncipe encantado até aos 28 anos para dar uma pinocada valente - não me julguem, please), adoro documentários dentro do mesmo tema, e portanto, séries baseadas em romances (neste caso da escritora Julia Quinn) que tenham aspetos históricos, são devoradas de uma assentada. Como tenho o péssimo defeito de ir confirmar cada facto (por isso odiei o "Reign" que era uma interpretação muito "livre" do que de facto se passou), tive que apertar o meu lado historiador-ó-perfeccionista, porque esta série não é um documentário, e como tal, acaba por apresentar um visão reinventada de uma época - que "não foi nada bem assim".
Mas independentemente de tudo, gostei da forma como as personagens procuravam o amor, ou daquilo que entendiam como tal, das dúvidas sobre o verdadeiro sentido da vida, e de como haveriam de continuar a linhagem da família ou a sua memória. Para um tipo que é gay, e que sabe que não vai ter filhos (porque não tem planos para tal), é um murro no estômago. Para mim é/foi. Porque os meus pais gostariam de ter netos, e nem eu, nem o meu irmão, temos planos nesse sentido. Fiquei a bater um pouco mal este fim-de-semana por causa disso. Não conseguia deixar de pensar, que iria ser um dos principais motivos do términus deste ramo familiar. Que seria um dos últimos e um dos corresponsáveis pelo fim. Estaria a ser egoísta?
Num passado mais ou menos longínquo, um blogger perguntou-me isso. Ou melhor, questionou-me se teria sobrinhos. Respondi que não. E ele, assim num desabafado impensado, afirmou: "coitados dos teus pais. Ainda bem que tenho vários irmãos, que me deram vários sobrinhos, porque se fosse filho único, iria fazer tudo por tudo, para que os meus pais tivessem, pelo menos, um neto". Aquilo feriu-me de morte. E nunca deixei de "moer" o assunto até os dias de hoje. Até que ponto teremos/tenho essa "obrigação"? E uma vez mais: estarei a ser egocêntrico? É pah, mas também acho que não nascemos todos para ser pais, e essa condição não é para qualquer um.
Gostei das tuas sugestões para filmes, quanto às opiniões acerca de ser filho único e não dar netos, confesso que as pessoas dizem com cada barbaridade.
ResponderEliminarQuem garante que o homem ou a mulher não seja estéril? Quem garante que não há divórcio e um deles emigra, proibindo o contacto, tantos exemplos que parece que tudo casa e que os heteros casados com filhos são super felizes e os avós também... Quanta mentira pega
Desculpa o meu desabafo, não precisas de publicar :)
Eu sei que sim, mas uma pessoa nunca deixa de pensar "e se". E se? É uma fase muito ingrata esta.
EliminarSe a minha avó tivesse rodinhas era um carro e se não tivesse morrido, hoje ainda seria viva :) eheehehheheheheheheh
ResponderEliminarLOL
EliminarOi, Lobo!
ResponderEliminarTriste que Regé-Jean Page não participa mais da série. Se forem seguir os livros, cada temporada será sobre cada membro da família Bridgerton e seu casamento.
Nada nos pertence, nem mesmo o corpo que habitamos. Filhos pertencem ao mundo e não é obrigação "ter" filhos. Quem pensa em ter filhos para não ficar sozinho no mundo quando os mais velhos forem embora, está totalmente equivocada. Tenho irmãos adotivos e o que nos uni é a amizade. Já ouviu dizer que a amizade são irmãos que escolhemos?
Sim, a amizade é a família que escolhemos, por isso é que temos que a escolher bem. E nem sempre acertamos. A verdade é que parece mais fácil do que é, porque exige uma entrega a 200%, e muitas pessoas não sabem valorizar (ou não querem) essa ação. Seja como for, não nascemos todos para ser pais (e ter filhos biológicos), contudo consigo perceber o "grau de solidão" que a ausência de filhos (ou netos) pode provocar nos outros.
EliminarBem...se não geramos um nova família com filhos!? Resposta: Fomos fiéis aos nossos instintos e valores. Que valores? A um ideal de vida com outro Boy. E melhor, levamos esse ideal até ao fim. Todas as vidas são difíceis como Francisco disse.
ResponderEliminarE dois homens (ou duas mulheres, ou etc) não podem ter filhos?
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