quarta-feira, março 30, 2022

Francisco José de Bragança



No seguimento da minha publicação anterior, talvez este episódio histórico que hoje trago, nos consiga explicar o porquê, de algumas pessoas considerarem ainda nos dias de hoje, que a orientação sexual é algo passível de ser utilizado como fator de chantagem, ameaça ou a diminuição do valor de uma pessoa. 

Estávamos no ano de 1902, e em Londres, decorria a coroação de Eduardo VII. Presente neste acontecimento real, e integrado na comitiva imperial Austro-Húngara, estava o príncipe Francisco José de Bragança, segundo filho do pretendente miguelista ao trono de Portugal, Miguel Januário de Bragança (filho de D. Miguel), e da sua primeira esposa, a princesa Isabel de Thurn e Taxis, exilados em Viena. 

Contudo, esta visita de Estado, ficou marcada por um escândalo sexual envolvendo Francisco, então com 22 anos. Num bordel frequentado por marinheiros, em Lambeth, Inglaterra, o príncipe foi apanhado na companhia de dois rapazes, um de 15, outro de 17 anos, pela polícia inglesa, resultado de uma denúncia do proprietário do espaço – um intermediário de 24 anos – que afirmou que os teria observado em pleno ato sexual pela fechadura da porta. 

Julgado pelo tribunal de Southwork, em Londres, o príncipe foi absolvido pelo júri de Old Bailey, uma vez que a prova foi insuficiente. Pelo contrário, os seus acusadores, foram condenados por se ter considerando que se tratava de um esquema de extorsão – que os mesmos confessaram. A sentença acabou em dois anos de prisão para o dono do bordel, e dez e oito meses, para os rapazes envolvidos. 

Esta situação não pode ser dissociada do clima da época, onde as mudanças na lei de Inglaterra de 1885 (que vigorou até 1956), e que criminalizavam fortemente qualquer forma de sexo homossexual, levaram a uma onda generalizada de armadilhas e posterior chantagem de homens gays - que eram apanhados em pleno ato por um homem que lhes exigia dinheiro, sob pena de terem a sua reputação ou carreira destruída, ou num caso extremo, sentenciados a uma pena de prisão. 

Independentemente do desfecho judicial, o escândalo já tinha chegado a Viena, e o Imperador Francisco José, privou o jovem príncipe dos seus direitos cívicos (ficou sob a tutela do seu cunhado), tendo-o obrigado ainda, a demitir-se do posto de tenente do Regimento do Exército de Hussardos Imperial.  

Alguns meses depois, Francisco José de Bragança, deixou a Europa, sob o título de Conde de Nieve, e viajou até Sidney - onde cumpriu um breve exílio colonial.   



Fontes: 
Trial of Prince Francis Joseph of Braganza, Henry Chandler, William Gerry, Charles Sherman, Proceedings of the Old Bailey, September 1902. 
Du similisexualisme dans les armées et de la prostitution homosexuelle (militaire et civile) à la Belle Époque, de Edward I. Prime-Stevenson.

terça-feira, março 29, 2022

Opinião [muito própria] - Tanya



Mais uma vez, e em pleno século XXI, precisamente no ano 2022 do Senhor, a sexualidade de alguém é utilizada como arma de arremesso para denegrir ou diminuir uma pessoa. O caso mais recente, é o da cantora Tanya, da antiga dupla musical portuguesa TAYTI - que terminou em 2012 e que durou 14 anos. 

De forma a relançar uma hipotética carreira, a cantora Tanya, entrou convictamente no programa Big Brother Famosos Portugal. Não falou na sua vida pessoal, não falou da sua orientação sexual e não falou se gosta mais de bolo de bolacha ou de arroz doce. Falou do que quis falar e daquilo que se sentiu confortável para falar. Considerou que o importante era demonstrar a pessoa que é, e as razões que a motivaram a participar neste projeto televisivo. E é isso que conta. Ou devia contar. 

No exterior, contudo, existe todo um mundo sedento de explicações, de exigências e de pessoas prontas a lavar roupa suja com o objetivo de aplicação de vinganças mesquinhas, utilizando o nome de outras pessoas para se valorizarem - e que momentaneamente não se conseguem defender. No caso concreto, a outra cantora da dupla, a Cathy, achou por bem dar uma entrevista a arrasar a antiga colega, e mais do que isso, considerou que era "giro" lançar "pistas", mais ou menos evidentes, sobre a sua vida pessoal. E foi assim, que a comunicação social portuguesa descobriu que a Tanya tinha casado em 2015 com uma mulher.  Ainda assim, Cathy, não tinha destilado o veneno todo que tinha dentro do seu corpinho, e achou por bem ainda afirmar que a "Tanya chegou a namorar durante "uns aninhos" com Jorge Guerreiro, porque não queria assumir a sua orientação sexual, e que este era um namoro de faz de conta, de conveniência". WTF? Mas está tudo parvo? 

Desta "descoberta importante" (qual invenção da roda, qual quê), desenrolaram-se muitos mexericos, muitas provocações e muitas teorias a respeito. Mas vamos lá ver, pessoas: ninguém tem nada a ver com isso. E caberá aos intervenientes saber onde se metem. Também me parece absolutamente nojento, que uma ex-parceira de um projeto, venha agora tentar atingir a outra parte, utilizando não só a exposição mediática que esta estava a ter, bem como o facto da Tanya ser azul, amarela ou verde com riscas azuis, para se autopromover. Isto não se faz a ninguém. A sexualidade de A, B ou C, NÃO PODE (E NÃO DEVE) ser utilizada como algo para diminuir outra pessoa e JAMAIS DEVERÁ ser usada como objeto de chantagem. Este comportamento é condenável, inaceitável, e mais uma vez: nojento. A pessoa em causa devia ser condenada judicialmente.      



Nota: só partilhei alguns excertos da entrevista da Cathy para justificar este meu texto, porque a mesma é pública e porque a Tanya já a comentou aqui.

segunda-feira, março 28, 2022

5 coisas - Óscares


Breves notas sobre os Óscares 2022. Desculpem, sobre a agressão do Will Smith ao Chris Rock

1. A violência não resolve nada, muito menos naquele contexto. 

2. Uma mulher não precisa de ver a sua “honra” defendida por um homem. Muito menos com atos violentos. 

3. Se magoa outra pessoa, não tem piada.

4. No humor não vale tudo.

5. A cerimónia ficou reduzida a este episódio.

terça-feira, março 22, 2022

airbnb do mês - Kiev, Ucrânia



Como não poderia deixar de ser, o airbnb do mês teria que ser na Ucrânia - mais propriamente em Kyiv. Não é que aconselhe alguém a ir até lá neste preciso momento, mas tenho lido em diversos sítios, que existe um movimento quase que espontâneo, onde as pessoas estão a reservar alojamentos locais como forma de ajudar alguns ucranianos. Não sei, é apenas mais uma ideia, considerando o horror que temos assistido diariamente - e do qual nos sentimos (e assistimos) impotentes.   

Seja como for, nunca iríamos encontrar a cidade de Kyiv como era há um mês atrás. Neste preciso momento, teremos muita coisa destruída, e as vistas da proposta que hoje trago, devem ser desoladoras. Isto não é de estranhar, até porque estamos a falar de uma área que está em guerra e que é bombardeada só porque alguns russos acham que sim. Porque alguns ditadores de meia tijela acham que devem decidir sobre os destinos de um outro país, que não o seu. Porque devem ter a pilinha pequena e não sabem lidar com isso.        

Este apartamento fica (ou ficava, nem sei) num vigésimo quarto andar, com uma vista sobre a capital ucraniana. Para quem está habituado a cidades portuguesas, perceberá que esta escala é enorme - por exemplo, um dos edifícios mais altos na área de Lisboa, é a Torre Monsanto, em Algés, que tem apenas 120 metros - logo, a amplitude e os pontos de fuga do que alcançamos, serão substancialmente diferentes. 

No interior, verificamos a aplicação de uma decoração contemporânea, cheia de pormenores interessantes, onde predomina a cor cinza, conferindo ao espaço um ar brutalista de outrora - pela textura, pela aplicação do revestimento cerâmico e pelos elementos ao estilo do "betão à vista". Adoro a cozinha e a casa de banho.    

Sobre preços: só consegui simular para o final de Abril, a 100,00€ a noite, e com uma taxa única de limpeza a rondar os 25,00€. Não sei se é um valor normal, ou se está em baixa por causa da guerra, mas seja como for, parece-me dentro da média europeia. Podem ver todas as fotografias aqui, e se quiserem ajudar, reservando, mas não aparecendo, podem fazê-lo aqui

Créditos fotográficos: airbnb

segunda-feira, março 21, 2022

Opinião [muito própria] - Opiniões



As opiniões valem o que valem, e como já dizia Ruth Remédios (personagem interpretada pelo fantástico Herman José, no seu programa Herman Enciclopédia), estas "são como as vaginas, cada uma tem a sua, e quem quiser dá-la, dá-la". E eu até diria mais, transformando esta frase já célebre, em algo mais universal: as opiniões são como os rabos, cada um tem o seu, e quem quiser dá-lo, dá-lo. 


E por falar nisso, o que rimará com dá-lo? 


Boa semana! 

sábado, março 19, 2022

Confessionário 3


Não se preocupem que aqui ninguém discrimina. Acho porém, que um Clube de Sexo será na sua génese, igual a um Clube de Livros (ou de Crochê ou da Bimby), sendo que a diferença será eventualmente no instrumento a utilizar. Portanto, desde que se protejam e estejam conscientes daquilo que querem (e principalmente aquilo que não querem), respeitando ainda o próximo, ninguém tem nada a ver com isso. E um "linguado" é quase um beijo inocente e nada sexual (cof cof cof)

Como penitência neste caso, até poderia "esticar na cena", e dizer para rezarem o não-sei-o-quê de joelhos, mas parece-me que não seria adequado (AHAHAHA). Assim, fiquemos por uma absolvição emitida de forma automática, livre de IVA e ISP. 

Quem quiser participar neste confessionário mais-ou-menos-sério, pode fazê-lo AQUI!

sexta-feira, março 18, 2022

Coisinhas - Segredos


O que fariam se, o/a vosso/a namorado/marido/namorada/mulher, vos contasse um segredo profissional muito grave sobre uma pessoa, que vocês até gostam e estimam (que lhe pode gerar um processo criminal), e vos pedissem para ficarem calados/as, até porque isso os/as poderia prejudicar?

quinta-feira, março 17, 2022

Final FcD 2022



Como já vem sendo hábito, no sábado passado, reuni com amigos meus (fãs e adeptos do Festival da Canção, da Eurovisão e cenas conexas), para assistir à grande Final do Festival da Canção 2022. Não foi ao vivo, porque não tenho "conhecimentos" para tal, para foi em direto na RTP 1. Assim, desta forma, juntando ainda a minha falta de tempo para produzir uma análise mais compostinha e a publicação de outros assuntos mais importantes que me tiraram o sono, está justificada a minha ausência por estas bandas - pelo menos no que diz respeito a esta temática.   

Devo dizer-vos, que achei esta Final a mais fraquinha dos últimos tempos. No espetáculo propriamente dito, e não nas canções a concurso. Estava à espera de uma entrada mais pujante, mais apoteótica, mais memorável e pronto… só tivemos direito "àquilo". Pese embora que todos saibamos que a Eurovisão é política, mas que todos fingimos que não é, esperava algo mais forte em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Mais tcharan. Que causasse mais impacto e nos deixasse com um nó na garganta para desatar durante vários dias. Algo que inequivocamente demonstrasse, que apesar de tudo, a música faz toda a diferença e que fosse uma mensagem de esperança, não para nós, mas para o povo ucraniano. 

Sobre as propostas que tínhamos a votação, não ganhou a minha favorita. De longe. Apesar de ter estado muito melhor (mas muito mesmo) do que na semifinal (e na versão estúdio), e de estar viral no Spotify, a Maro não me conquistou. Não me convenceu. Ainda hoje não senti o clique - apesar de ter ficado vidrado na sua interpretação realizada em Avinyó. Mas acompanharei, como faço sempre aliás, a canção Portuguesa na Eurovisão. Sou orgulhosamente "Tuga", embora não acredite num lugar muito destacado para Saudade, Saudade. Será o que tiver que ser.     

O mais engraçado deste Festival: o "Ó Pá Vá Lá", com o Vasco, a Mena, a Inês, os concorrentes de 2022 e os Black Mamba. O que achei que não fazia falta: o Van Der Ding. E pronto. Venha 2023. 

terça-feira, março 15, 2022

Paulo Vaz - Popo Vaz



De há uns tempos a esta parte, tenho seguido uma velha máxima, que me inspira a ser mais empático e a colocar-me na posição do outro. Portanto, se não tenho nada de positivo a dizer, ou que acrescente alguma mudança significativa na vida dos outros, fico calado. A crítica pela crítica, não interessa a ninguém, e também ninguém quer saber o que pensamos ou deixamos de pensar sobre determinada atitude ou ação - se ela não nos disser respeito. Não há necessidade de humilhar ou de rebaixar. Se nós não conseguimos resolver a nossa vida, como é que vamos resolver a dos demais? 

As redes sociais (e também os blogues) são ferramentas fenomenais para a nossa interação com os outros, mas também podem ser instrumentos horríveis, que podem provocar danos em pessoas, que aparentemente julgávamos psicologicamente e emocionalmente, fortes. O facto, é que nunca sabemos o que se passa efetivamente com toda a gente, e atrás dos sorrisos e dos disparates quotidianos, pode estar uma desilusão enorme com a vida. Eu imagino, se o meu perfil pessoal do Instagram, que tem mil e poucas pessoas, recebe algumas mensagens de ódio, alguns contactos para me diminuir enquanto pessoa, ou até mesmo para me dizerem que eu sou feio ou tenho um corpo horrível, o que acontecerá àqueles utilizadores que colecionam milhares (ou milhões) de seguidores. Gerir este feedback negativo tem muito que se lhe diga, não é para qualquer um, e exige um arcabouço emocional bem estruturado e sólido. 

Um dos assuntos do momento, é a morte de um homem transsexual e influenciador brasileiro. Ainda não se sabe muito bem os contornos da tragédia, mas há algo inegável: o Paulo Vaz, ou popo_vaz como era conhecido no Instagram, suicidou-se. Existe um imenso burburinho pelos confins da Internet, procurando justificações para o ato. Há quem diga que foi consequência do estado depressivo intermitente que apresentava, ou da profissão de desgaste que tinha (era polícia), ou ainda, porque não aguentou a pressão da publicação (por engano?) de um vídeo íntimo do marido (@hmcpedro), na sua conta oficial de Instagram, com um homem cisgénero neste fim-de-semana que passou. 

A verdade, é que nunca saberemos. Aliás, aquilo que é do conhecimento geral, que toda a gente sabe, e toda a gente viu e leu, foi um ataque generalizado de LGBTI+ no Twitter do Paulo, diminuindo-o enquanto homem trans e como ser humano. Escreveram-se coisas horríveis sem necessidade nenhuma. Digitaram-se barbaridades sem empatia, como se o julgamento de terceiros fosse uma sentença real e legítima. Como se as pessoas tivessem direito de opinar e exigir justificações de um relacionamento do qual não fazem parte. E não é porque ele e o marido mantinham uma relação aberta, que isso dá o direito de dizer o que quer que seja. Não conhecemos os contornos, e não temos que os conhecer. Não somos parte integrante de nada, e como tal, aquilo que “achamos”, “consideramos” ou “criticamos”, apenas nos vincula a nós, e deve ser guardado para nós, porque nós não estamos “lá”

E não é de agora que o digo. Aquilo que escrevemos, e comentamos por essa Internet fora, vincula-nos. Exige-nos responsabilidade. Obriga-nos a pensar na necessidade de formalizar um determinado pensamento. Se valerá a pena, ou não, avançar com uma opinião ou consideração, se isso provocar um qualquer dano. Antes de tudo, temos que nos colocar na pele da outra pessoa. De sentir o que o outro sente, de dar a mão e puxar, ao invés de empurrar pela ravina. Hoje é um dia muito triste, não só porque alguém decidiu terminar com a sua vida, mas principalmente, porque imensas pessoas não se souberam comportar adequadamente. 

sexta-feira, março 11, 2022

Quotidiano Mundano - Sextas-feiras



Falta de paciência (e de descanso). Acho que deve ser mais ou menos isso o que se passa. Estou constantemente a pegar-me com o meu chefe (porque é como a série: "Chefe, mas pouco"), fervo logo em pouca água e esgotei o plafond para aturar merdas (merdinhas e afins). Estar dentro de um surto de COVID no trabalho, não ajuda, e andar cansado e sem tempo para nada, também não. Basicamente precisava de férias, mas parece-me que estou a ser um tanto fútil, considerando com o que se passa aqui ao "lado" (na Ucrânia,), que perco logo a vontade de ter estes pensamentos mais fugazes.   

Tenho saudades daqueles tempos, em que as minhas maiores preocupações, eram saber se iria sair para o Bairro, ou não. Ou para o Trumps, ou Indochina, ou Buddha Bar, ou Maria Lisboa ou Plateau. Mas hoje só pretendia mesmo, mesmo, atirar-me para a cama e dormir até às 15h de amanhã - sabendo eu, que isso é impossível. Para esta sexta-feira, ainda tenho um jantar de uma organização onde estou envolvido (com imensa vontade em ir, como podem comprovar) e onde terei que fazer conversa de circunstância - que odeio. Trocava isso tudo por um pão com chouriço e um arroz doce d'A Merendeira. 

Ao menos ando bem comportadinho no ginásio e estou a conseguir ir 5 vezes por semana. Ainda tentei arrastar-me para lá ao fim-de-semana, mas não consigo. É mais forte do que eu. A preguiça, claro está. Mas já me sinto menos pesado (embora a barriga teime em não emigrar) e a respiração está melhor. Julgo que com esta prática de exercício físico e os comprimidos do colesterol, já devo ter indicadores de um puto de 20 anos. Caso contrário, estarei bem lixado (para não escrever fodido). E agora vou tentar não adormecer em frente ao computador, nem que tenha que beber mais um café. E já sabem: pão com chouriço e um arroz doce d'A Merendeira. Mesmo que isso anule algum efeito dos treinos matinais.


terça-feira, março 08, 2022

Introducing: Romeu Costa



O #OuvidoNoMetro, da Time Out Portugal, de 7 de março de 2022, trazia a seguinte questão: 


- Porque é que o Romeu Costa ainda não é um galã deste país? 


O ator partilhou a publicação como Storie no seu perfil de Instagram, e eu respondi-lhe com um: "É uma dúvida pertinente". Não concordam? Eu "só" acho que devíamos lançar um debate nacional sobre o assunto. Criar um referendo ou uma petição pública. Sei lá. Sim, eu sei que a guerra na Ucrânia ainda continua, mas permitam-me uma pequena pausa em prol da minha sanidade mental.  

Desde que vi o Sr. Romeu (temos quase a mesma idade, mas o respeitinho é para manter), numa novela da TVI (não me recordo do nome), pensei para comigo "olha que tipo tão giro, e com uma voz tão forte". Mas a "paixão" surgiu mesmo, quando assisti à peça de teatro "Encontrar o Sol", no São Luiz. Obviamente que o figurino de sunga e tronco nu, ajudou um pouco na "fantasia" mais carnal da coisa, mas não sei, a ideia que tenho é que ele será muito simpático.  


E vocês o que acham? Já têm opinião formada ou precisam de ajuda? Seja como for, podem tirar todas as vossas dúvidas aqui (e seguir o menino também no Instagram). 

segunda-feira, março 07, 2022

2.ª Semifinal FcD 2022



E já estou aqui para acompanhar, cheio de sono, mas motivado, a 2.ª semifinal do Festival da Canção. E desse lado, preparados ou preparadíssimos? 


21h07m: Vou usar o mesmo sistema da última vez, mas não prometo que não adormeça a meio. 

21h13m: Ainda é cedo para dizer que não gostei da abertura?

21h19m: Não gostei.

21h24m: Inês, se o sábado foi em preto, esta segunda-feira em branco, fim-de-semana será arco-íris? 

21h25m: O Van Der Ding não pode ficar só pelos desenhos humorísticos e piadolas no geral?

21h26m: Despacham-se lá com isso, que amanhã acordo às 05h40m. Obrigado.

21h30m: Azeitonas olhem o som! Está muito baixo! Soltem a Voz e Cantem! Continuo a gostar do refrão.  

21h33m: Ai Cubita, Cubita, também tu a desafinar? Uma Mensagem Tua, pior ao vivo. Valia mais ficar no virtual. Tipo, dtcl?  

21h39m: A Inês Homem de Melo, e a sua Fome de Viagem, ficou muitoooooooo melhor ao vivo. Mas ainda assim, continua a bastar-me ouvir metade da canção. 

21h40m: Agora SYRO! Silêncio.

21h44m: Ainda nos Temos, sim senhor, mas podia ter sido melhor. Tem presença, é giro, mas aquele início... E o fim, pronto. Fiquei desiludido. 

21h47m: Pepperoni Passion, e o seu Código 30, continuam a ser um NÃO. 

21h56m: Eu também não sabia, SYRO. Não te preocupes, até porque a sala é PRETA! 

22h03m: E a Milhanas, com o seu Corpo de Mulher, surpreendeu-me (não virei "bi", descansem). Que VOZ. Olhem, que estou quase fã e a mudar de opinião - face ao que originalmente escrevi. 

22h07m: O Vampiro Submarino, continua lá bem debaixo da minha preferência. Nem sequer está Ao Lado de Mim, está mesmo abaixo. Next.

22h12m: Afinal o ambiente da canção é algo cigano, com danças à volta de uma fogueira. Lá se foi o castelo, o bandolim, a dama de vestido branco com um cone na cabeça e o homem a cavalo. Sim. Estou a precisar de terapia. Obrigado Jonas, mas não. 

22h16m: E a Blacci, com o seu Mar No Fim, fez-me lembrar a J.LO no seu videoclipe Ain't It Funny - devido à vestimenta e ao cabelo apanhado. Ou isso, ou estou ainda no cenário da outra canção.

22h17m: "É forte esta semifinal" - não, não é, Malato.

22h18m: Expectativa.

22h21m: Realidade: MUITO BOM! Pongo e Tristany com DÉGRÁ.DÊ, it's a BIG YES! 

22h32m: Só para vos avisar que já fechei os olhos três vezes. 

22h35m: Só de pensar que ainda falta uma hora para sabermos os resultados, já voltei a fechar os olhos.

22h42m: Shoes, para mim: Pongo e Tristany (DÉGRÁ.DÊ), Milhanas (Corpo de Mulher) e SYRO (Ainda nos Temos). O resto deixo para o público. 

22h43m: Chama-se a isso ter opiniões diferentes, caro Pedro. É lidar. 

22h44m: Sinto-me no Coliseu de Elvas em 2020.

22h47m: Que vozeirão, Samuel!!!!!

22h59m: Agora foi só constrangedor. 

23h08m: Uau, o José Cid. Estou surpreendido. #not 

23h16m: Olhos. A fechar. Muito. 

23h18m: Não queria tocar no assunto, mas antes que adormeça... Tânia, não. Não bate a cena no conjunto todo. 

23h25m: Vá Pedro, estás giro com esse fatinho e concordo contigo. A RTP é de longe a melhor televisão portuguesa no que diz respeito ao formato "série"

23h27m: Por amor da Santa da Eurovisão, tirem o Van Der Ding dali!!!!!

23h34m: Por acaso pensei que a Chanel seria para a nossa final. Vamos ver que "marca" nos calha no sábado. 

23h36m: Eu estou sempre ready. Para dormir neste caso.

23h38m: Mas ela foi fofa agora. Obrigado, Chica <3 

23h43m: "Zero chocado"

23h44m: Bom, já chega por hoje. Até amanhã "folks"!

Coisinhas - Termos e Definições



Antigamente, quando nos diziam "faz-te homem, não sejas maricas" e "levar na tromba é importante para te saberes defender", estavam a ensinar-nos a inserir na sociedade. Contudo, hoje, podemos enquadrar muitos destes comportamentos como bullying. Também nos meus tempos longínquos de mIRC, quando as pessoas me ignoravam deliberadamente assim do nada (depois de se ter construído uma espécie de um relacionamento qualquer), ou "morriam" após encontros ao vivo, era a Lei da Vida. Hoje é ghosting. E agora, olhando para trás, e pensando bem no assunto, eu era bem tótó.   

Quantas e quantas vezes, assisti a pessoas a desaparecer da minha vida, quando andava na fase das descobertas, e sempre pensei o pior. Isto é, acidentes de autocarro que arrastaram a pessoa durante quilómetros a fio, ou choques de comboios, porque alguém se tinha distraído na sala de comandos, ou ainda, pianos de cauda que caíram em cima de uma pessoa, vindos de um 12.º andar. Pensava sempre em situações mega dramáticas, porque era genuinamente preocupado com as pessoas. Era tão tótó, que nunca me passou pela cabeça, que o tipo não me tinha curtido, e que queria que eu desaparecesse da vida dele, assim sem deixar rasto. Procurava sempre justificações, insistia sempre num contacto (e os homens odeiam homens chatos) até levar alguém à loucura, porque queria apenas perceber o porquê. Qual a razão que levava uma pessoa, de um momento para o outro, ignorar outra sem motivo aparente? Terei sido mal educado? Demasiado honesto? Demasiado tímido ou falador? Sou assim tão horrível? Como raramente não tinha feedback das razões, imaginava tudo. E tudo era possível. E tudo era válido, até concluir que o problema era efetivamente, Eu. Eu, é que deveria ter alguma coisa inadequada e não me conseguia inserir dentro dos padrões. Era Eu, que tinha de mudar, porque era Eu que estava errado. 

Não vou dizer que ser alvo de ghosting é giro. Não é. É uma sensação horrível. Ainda passei por uma situação dessas o ano passado. E o que fiz? Andei a ver os amigos em comum, e mandei mensagens a alguns, para perguntar se tinha acontecido alguma coisa, se a pessoa estava bem, se havia alguma problema ou se podia ajudar nalguma coisa. Pelos vistos o sujeito em causa, achou que não valia a pena informar-me que já não me queria na vida dele. E bastava apenas tê-lo dito por mensagem. Não precisava de me enviar uma carta registada e com aviso de receção para o efeito. Ou seja, contínuo tótó. E com isto, não quero dizer "ai coitadinho do menino, que precisa de um bilú bilú", até porque tenho a perfeita noção que já terei feito o mesmo a alguém no passado, mesmo que o mais provável seja que não me tenha apercebido disso. Independentemente de tudo, tenho a perceção que o fiz num caso concreto, e em relação a uma ex-amiga minha, porque cortei o contacto de forma radical. Mas também sei, que ela andou meses a gozar com a minha cara, e tentou fazer-me fazer-me o mesmo, ainda que de uma forma muito subtil. Coisa que eu não sei ser. E porque ações geram reações, há sempre alguém que tem de ser o mau da fita - ou que tem de cortar o mal pela raiz. Presente.  

domingo, março 06, 2022

Canção do dia - Mau Feitio - Joana Espadinha

Habituei-me a dizer que tinha/tenho mau-feitio. Não sei, mas parecia-me ser a forma mais fácil para justificar certas tiradas que tinha/tenho. Contudo, hoje em dia, julgo que não padeço assim tanto deste mal. Acredito mesmo que são as pessoas é que me esgotam a paciência.  

Eu tenho mau feitio
por isso aceita o desafio 
faz a coisa certa 
engole o sapo e deixa-me estar

 
Playlist atualizada AQUI!

sábado, março 05, 2022

1.ª Semifinal FcD 2022



Quase, quase, a começar a 1.ª semifinal do Festival da Canção 2022, e eu vou comentar tudo por aqui. Será uma publicação única, mas que será editada durante a noite. Portanto toca a fazer refresh. Tipo um mini-Twitter, estão a perceber? E se quiserem comentar, façam-no, que eu respondo. 


21h06m: Oficialmente iria começar às 21h00m. Não começou e aproveitei a oportunidade para fazer um grande xixi

21h15m: Gostei deste início, a fazer a ponte do passado com o futuro. Ah, e trocava o Jorge Gabriel por outro apresentador qualquer.

21h19m: A nova música dos Death Combo tem uma boa vibe. Mas ainda bem que a canção que enviámos à Eurovisão o ano passado foi outra. 

21h22m: A green room é preta. Se calhar podiam dar outro nome à coisa. Preferencialmente em português.

21h28m: Os Quatro e Meia ficaram melhor ao vivo. Mas continuo a não conseguir largar gotas. Apesar que #fazia alguns dos membros do grupo. Estão muito arranjadinhos. Parabéns. 

21h32m: Os TheMisterDriver com Calisun, hum não sei. Mantenho-me na minha primeira análise que fiz aqui

21h37m: Adoro este Ginger Ale. Mas interpretação da Diana Castro ficou um pouco aquém do que estava à espera. A versão estúdio está bem melhor. 

21h41m: Como é bom esperar alguém. Not quite, not quite. FF canta que se farta, mas conseguiu transportar-me para 1967, quando "apenas" nasci em 1980. 

21h46m: Eu preciso de muita Hope para não adormecer quando oiço esta canção. Valha-nos nosso Senhor do Norton para nos dar paciência.  

21h47m: Senhores, este rapaz d'Os Quatro e Meia é médico. É giro. Se fosse solteiro e gay/bi/whatever, era para casar. Anotem.

21h53m: "Como é bom esperar por ti FF"? Não Inês, não incentives por favor. 

21h59m: Why, Aurea, Why? Estou a ser repetitivo, mas... adorei. Porra, que som. O palco, tudo, e tudo. Que voz. Que vestido. Que interpretação! E ela é gira que se farta. E o pormenor do cavalo de brincar com as cores da Ucrânia... emocionante. Fiquei mesmo arrepiado.    

22h04m: Sobre a Kumpania Algazarra e a sua/A Minha Praia, mantenho o que escrevi anteriormente.

22h08m: Ai Maro, que saudade, saudade, de uma boa batida que me fizesse lembrar a minha vida louca, de quando saia à noite, em meados de 1875.  

22h13m: Mas que grande Odisseia, ó Valas & Os Astronautas, mas não me convenceram. 

22h17m: Mas que grande Povo Pequenino. Muitos parabéns Fado Bicha. Em SEIS palavras: A-D-O-R-E-I. Que grande interpretação e apresentação em palco. Não me desiludiram em nada! 

22h18m: Assim a sentimento, e no imediato: Os Quatro e Meia (Amanhã), Diana Castro (Ginger Ale), Aurea (Why) e obviamente o Fado Bicha (Povo Pequenino). 

22h37m: O Pedro Granger é como eu. Percebe imenso de música para ser jurado. #not

22h41m: Força Ucrânia! A Eurovisão é política, SIM! 

23h05m: Estas homenagens são sempre bonitas, mas ainda há muitas mais pessoas/bandas/intérpretes que também merecem. Mas a canção da Dina, Amor d'Água Fresca é um clássico.  

23h14m: Se não houver mais momentos de entretenimento, vou classificar esta semifinal como um flop. Já estou a avisar. 

23h19m: O Van Der Ding não pode ficar só pelos desenhos humorísticos e piadolas no geral?

23h24m: Juntava as falas do Jorge Gabriel, os momentos que se referem aos números de telefone para votar, o Van Der Ding, e as entrevistas feitas aos jurados, e trocava tudo isto, por um momento musical qualquer - nem que fossem buscar pela a 100000000000000000000000 vez a Dona Simone - só para que vejam o meu desespero. 

23h26m: Por amor da Santa da Eurovisão, tirem o Van Der Ding dali!!!!!

23h28m: Inês, como assim daqui a pouco? Mas não acabaram as votações?

23h33m: Lembram-se de ter pedido mais um momento musical às 23h24m? Bom, os Heróis do Mar mereciam melhor. 

23h40m: Secaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

23h42m: Há um dos elementos d'Os Quatro e Meia que é o mais baixo. Será o "Meia" do grupo?

23h48m: Totalmente chocado com as canções que passaram. Ou melhor, com a ausência do o Fado Bicha (Povo Pequenino). Era uma proposta melhor que a do FF-cenas e da Maro-Corta-me-os-pulsos. Mas o povo é soberano. Ou homofóbico. Iremos descobrir mais tarde. 

23h51m: Obrigado por me terem acompanhado neste disparate. Até amanhã minhas pequenas alfaces crespas. 

sexta-feira, março 04, 2022

Desabafos #3

Somos demasiados fúteis. Os gays, bi's e whatever são demasiados fúteis. Vivemos para agradar a pilinhas. Competimos para ver quem é o mais giro, quem consegue engatar os gajos mais interessantes e colecionamos "gostos" e seguidores nas nossas redes sociais, como se isso nos desse algum status quo. Ignoramos deliberadamente pessoas, só porque não correspondem à nossa escala de "beleza", mesmo que a abordagem seja para discutir o preço dos legumes em Portugal. Temos Grindr's e Tinder's só para valorização pessoal, utilizando os outros como combustível para o nosso ego. Vivemos na competição parva, para ver quem tem o melhor grupo de amigos gays, ou na demonstração básica de que os nossos/vossos namorados podem ser "desviados" a qualquer altura, desde que se queira e desde que se utilize a lábia certa. 

Fugimos do debate sério e queremos mesmo é ter um Onlyfans onde não nos importamos de mostrar tudo, a toda a gente, ao mesmo tempo, em troca de uns euros para a nossa conta bancária. Queremos é festas, e ser amigos de pessoas importantes ou conhecidas, que nos potenciem os tais 5 minutinhos de fama. Não gostamos das questões mais sérias, e aborrecemo-nos quando vemos alguém mais "ativista". Não procuramos amigos ou pessoas para conversar, mas se o assunto foi algo mais carnal, já há para disponibilidade para tudo e mais um par de botas. Porque para uma trancada no carro, ou um sexo oral básico, há sempre tempo e vontade. Enfim. Será sempre tão mais fácil chamar alguém para o nosso sofá, do que levantar o cu do mesmo para fazer alguma coisa de útil. Até porque se publicamos uma cena qualquer sobre a guerra na Ucrânia levamos logo com um "que seca, ultimamente só falas disso". Contudo, basta fazer uma storie no Instagram a mostrar as bubes, e afinal está tudo vivo e com saúde. Graças a Deus e ao Nosso Senhor do Coisinho.     

Olha, caguei.   

Generalizei? Sim. Terei sido uma espécie de Doutor da Moralidade? Sim. Penso exatamente assim sobre o que escrevi? Não. Sou versátil no pensamento. Mas hoje estou muito cansado e farto de muita coisa. Amanhã é dia de Festival da Canção. Pode ser que me consiga distrair um bocado e melhorar o mood


Fui. 

quinta-feira, março 03, 2022

Introducing: Viktor Pylypenko



O Viktor Pylypenko é ucraniano. Soldado do Exército da Ucrânia. E gay. E atualmente, encontra-se a combater a invasão russa da sua pátria. É ainda veterano de guerra, porque o inimigo já não lhe é estranho, uma vez que combateu no leste do país, os separatistas pró-russos apoiados por Moscovo. 

Assumiu a sua homossexualidade em 2018, com o propósito de demonstrar que existiam pessoas LGBTI+ nas fileiras de combate, tendo cofundando uma organização não-governamental, para o apoio desta minoria dentro das Forças Armadas do seu país, promovendo assim, a tolerância e direitos iguais no exército. 

Afirmou à Reuters em 2021, que "acredita que ter mais pessoas LGBTI+, a servir nas Forças Armadas, uma instituição muito respeitada na Ucrânia, pode ajudar a superar o preconceito em relação às minorias sexuais na ex-república soviética". Portanto, como devem imaginar, neste momento em 2022, e existindo a possibilidade de voltar a ficar sob domínio da Federação Russa (ainda que de um modo indireto), significará menos Liberdade e mais perseguição na Ucrânia. Implicará um retrocesso no tímido avanço nos direitos das pessoas LGBTI+ neste país, porque como já sabemos, o regime de Putin odeia e combate esta franja da população, enviando-a para campos de concentração e/ou "reconversão".

[toda a notícia e entrevista AQUI]

[e podem ler ainda, a incrível história da captura de soldados russos no escritório de grupo LGBTI+ no site esQrever AQUI]



De todas as pessoas que trouxe para esta rubrica, que roça um bocadinho a futilidade (confesso), esta partilha é de longe a mais importante. A mais séria. A mais dignificante. O Viktor, como se diz em bom português, "tem uns tomates do caralho" e podem acompanhá-lo no Instagram AQUI. Espero que tenha sorte na sua demanda, e que consiga sair dela sem preocupações de maior - porque infelizmente o desfecho de tudo isto parece ser terrível e inevitável. 


Termino com um: "Viva a Ucrânia!", confiante na derrota de Putin. Porque só assim o mundo fará sentido. 

quarta-feira, março 02, 2022

Ajudar Ucrânia



Não sei se este blogue é lido por muita gente ou não. Nem tampouco me interessa. Se quisesse ser famoso (ou qualquer coisa do género) teria continuado com o meu blogue antigo - mesmo que o objetivo naquela altura também não fosse esse. Quer aqui, quer nas minhas redes sociais mais pessoais, o que procuro é o mesmo. Ou seja, pretendo criar laços, partilhar experiências, e de alguma forma, crescer enquanto ser humano e cidadão do mundo. Quero emocionar-me, emocionar, causar reações e ser feliz. Sim, escrever um blogue pode fazer-nos felizes - experimentem e irão ver. 

Contudo, nós estamos numa altura histórica impossível de ignorar. Ainda estamos em choque com tudo o que se está a passar, e um bocado tontos no que podemos fazer. Aqui, no blogue do Silvestre, já temos umas pistas de como ajudar. Também no Facebook, existem inúmeras partilhas de entidades que estão a receber bens. Pessoalmente, optei por ajudar na compra de medicamentos, que serão enviados pela empresa onde trabalha um amigo meu (e que está a proceder à recolha), e na transferência de alguma verba, para algumas entidades. Neste momento, não vou duvidar se o dinheiro vai chegar a quem se destina, porque acredito que a causa será maior. 


 De uma forma geral, deixo ficar aqui apenas algumas sugestões: 

Amnistia Internacional

Cruz Vermelha Portuguesa

Agência de Refugiados da ONU


E de uma forma particular, deixo ficar também, algumas ideias de associações LGBTI+. Sim, eu sei que um refugiado é um refugiado, não tem sexo, idade, cor, orientação sexual, etc, mas também todos sabemos, que as minorias nestas situações acabam por ficar ainda mais desprotegidas - e os Russos não são meigos para a comunidade LGBTI+. Portanto, aqui ficam duas associações internacionais:  

Ukraine Pride

OutRight Internacional


Seja como for, não estou aqui a dar o exemplo a ninguém, nem estou a ser moralista, nem estou com a postura de "aí que eu sou tão boa pessoa". Não. Estou só a dar a oportunidade de alguém ajudar, se o quiser fazer. 


Obrigado a todos, e a todas, pela atenção.   


Força Ucrânia!  

terça-feira, março 01, 2022

Canção do dia - Onde anda Você - Mart´nália

Considerando os dias que atravessamos, talvez seja o dia de olhar para trás e fazer balanços. Não sei. Buscar pessoas que já nos fizeram bem e que partiram para a sua vida, porque tiveram que ir. Bem sei que é um exercício melancólico, considerando que estamos oficialmente no dia de Carnaval. Mas seja como for, amanhã também é dia de enterro do mesmo, portanto nada se perde, tudo se transforma. 

E por falar em saudade
Onde anda você?
Onde anda os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo?
Que me deixou morto
De tanto prazer



Playlist atualizada AQUI!