segunda-feira, janeiro 31, 2022

Politiquices



Não queria voltar ao tema (até porque hoje em dia o que vende são pilinhas e rabinhos), mas como este blogue é meu, e para já, escrevo o que quero. Também como não pretendo ser a "Piroca mais Doce" da blogaysfera, estou-me um pouco a cagar para a linha editorial deste projeto. Nem sei se tem alguma, na verdade.  

Ontem, vivenciámos uma noite eleitoral única no nosso país. E foi... surpreendente. Em todos os níveis. E em todos os sentidos. Tivemos uma maioria absoluta inesperada e uma extrema-direita a querer sangue - seja ele de quem for. 

Assim, sobre o ato eleitoral legislativo que acabámos de passar, deixo apenas uns breves comentários sobre quem compõe a nova Assembleia da República Portuguesa:


Partido Socialista - O vencedor da noite. Obteve uma maioria absoluta, com a qual não estava a contar, e esperemos que a saiba honrar. Ganhou como ganhou, na minha opinião, essencialmente pelo medo da ideia de um governo do Partido Social Democrata (PSD) com o Chega - à semelhança do que se passou na região autónoma dos Açores. Isto arrastou muitos votos da esquerda para o PS, e alguns votos do PSD - que se melindraram com essa perspetiva. Também o facto, de se querer castigar os partidos à esquerda do PS, por terem chumbado a proposta de Orçamento de Estado, teve (muita) relevância. 

No que diz respeito à comunidade LGBTI+, não tenho dúvidas que teremos aqui um projeto tampão sobre a extrema-direita, mas que não vai durar para sempre.


Partido Social Democrata - Fracassou pela inabilidade de comunicar. Hoje era pelo estado social, amanhã já não era. Hoje queria privatizar a Segurança Social, amanhã já não queria. Hoje era sim, amanhã já era não, e essa mensagem errática afastou o eleitorado. Mas aquilo que eu acho que arrumou mesmo com o PSD, foi não ter dito, de uma forma inequívoca, que não iria fazer um governo com o Chega. Mas a fome por poder era tanta, que cometeram este pecado capital. E como tudo na vida tem um preço... Pagou por ele.

Sobre os direitos LGBTI+ (que na verdade são uma questão de igualdade de direitos), acho que este PSD será um pouco como a estratégia desta campanha. Hoje sim, amanhã talvez não.


Chega - Bom, é um partido que é contra minorias e contra a diferença. No fundo é contra tudo, mas que não sabe bem contra o quê. É um partido de ruído. De protesto. De maledicência. De ódio. E que capitalizou o voto de protesto da extrema esquerda (curioso, não é?) e dos envergonhados. De quem? Dos homofóbicos, dos racistas, dos extremistas, dos machistas, dos saudosistas da ditadura e de tudo o que a sociedade tem de mau. 

E relativamente à minoria LGBTI+, bom, se chegarem algum dia ao poder, é melhor fazer as malas.       


Iniciativa Liberal - Conseguiu capitalizar algum voto descontente da direita, e embora não tenha dados, acho que levou os votos do CDS. Teve votos dos descontentes, dos "perdidos" (politicamente falando), dos jovens (muitos) e de todos aqueles que acreditam que aquelas medidas são mesmo realistas (mas basta fazerem as contas, como dizia o outro, para perceberem que não batem certo), ou simplesmente porque gostam do design do material de campanha (que é genial, já agora). Contudo, teve ontem um bom momento, ao descolar-se (e muito) do Chega - coisa que o Rui Rio e o PSD nunca conseguiram (ou não quiseram) fazer, e com isso ganharam muitos votos. Dá para aprender alguma coisa aqui, PSD?  

Veremos o que defendem para a população LGBTI+, e mais do que isso, como se comportarão na votação na Assembleia da República, aquando da apresentação de diplomas relacionados com a causa.  


Coligação Democrática Unitária - Ainda acham que estão em 1965. Sobre este projeto, não tenho muito a comentar na verdade. Já sofri uma perseguição no trabalho por um executivo CDU, no qual só faltou um processo disciplinar - e por um assunto que não tinha nada a ver comigo, e de lá para cá, tudo me soa a fraude. Os trabalhadores blá bá blá, o capital blá blá blá e os direitos blá blá bá. Raios que os partam a todos. 

E sobre a questão LGBTI+ tem dias. Há dias que apetece, há dias que não. Tal e qual, como a questão da adoção e co adoção por casais do mesmo sexo - só para relembrar uma "coisinha"


Bloco de Esquerda - Quando se vai com demasiada sede ao pote... Algumas pessoas deste partido têm falta de humildade. De noção. E de realidade. Há matérias com as quais é fácil de concordar, mas depois há outras, que não lembra ao menino Jesus. E esta embirração de se querer ser oposição ao PS e derrubar o Governo, só porque se exige coisas do arco da velha, teve consequências. O eleitorado não perdoou e castigou. Os eleitores foram muito claros nas eleições de 2019: queremos continuar com a Geringonça. Mas o BE leu: apertem com eles, porque só assim ganham mais projeção nas próximas eleições. Como puderam observar ontem: correu mesmo bem. 

Não obstante tudo o que aconteceu, verdade seja dita,:  o BE tem sido um dos partidos que mais contribuiu para nivelar os direitos LGBTI+ com todos os outros. Mas isso por vezes não é suficiente. 


Pessoas Amimais Natureza - Estão a ver o que dão os extremismos? Dão asneira. Mudar o mundo, e convencer as pessoas a fazê-lo, só é possível com diálogo. Com exemplo. Com dedicação. Não se faz por decreto. Com imposição. Caso contrário as pessoas irão começar a ganhar repulsa e afastam-se. Veremos se é um partido que se irá fragmentar ou se vai conseguir renascer. 

Esperemos que para a população LGBTI+, continuem com abertura para causar uma diferença positiva e impactante. 


Livre: A surpresa da noite. Pelo menos para mim. Se conseguir moderar-se e abandonar propostas que são "só" tontas, poderá ser um projeto de crescimento e de âmbito europeu. Quiçá, poderá ancorar-se noutros projetos além-fronteiras e constituir-se como um modelo de partido supra nacional. Aguardemos. Porque até pode ser tudo, como pode não ser nada. 

Na capítulo de medidas específicas para LGBTI+, não espero menos que o melhor. 

domingo, janeiro 30, 2022

Descobertas



Numa daquelas buscas "internéticas", que não levam a lado nenhum (e não, não estava a procurar pornografia, "só" por acaso AHAHAHA), encontrei uma página chamada Clarallel. Mas afinal o que é essa cena? Bom, coloquem o vosso nome (ou outro texto qualquer) no campo para o efeito, e ele converte numa melodia. 

Vejam como fica "Eu tenho um blogue novo chamado Lobo três|malhado. Mas com o drama e parvoíce de sempre" (deixo a partitura, porque o ficheiro de som não o consegui colocar aqui):  




Não é super cool? Agora já podem fazer as vossas melodias para oferecer, até porque é possível fazer o download do ficheiro de som. Têm aqui uma ideia super original para os vossos amores, onde podem inscrever numa partitura um "amo-te muito", ou para os vossos amigos, ou até mesmo para outras situações, mais ou menos, picantes... com um "queres trique-trique comigo?"

sábado, janeiro 29, 2022

Canção do dia - Malandro - Elsa Soares

A minha avó materna sempre me disse que eu tinha cara de malandro. Que fazia imensas partidas e era muito gozão. Acho que os meus amigos e colegas de trabalho corroboram esta adjetivação. A minha mãe também, se bem que ela não pode falar muito, porque a ironia veio toda da parte dela. Contudo tenho a noção, que não é fácil a convivência comigo, e que tudo pode ser tudo, como pode não ser nada, mas é mais forte que eu. Tem vida própria. Se calhar, e por isso, quando tive um "mini-AVC" ninguém me levou a sério, porque pensaram que estava na brincadeira. Vá se lá perceber. 

E hoje, para canção do dia, trago-vos uma das maiores divas brasileiras, com um dos temas que a popularizou, e cuja presença física entre nós, terminou no passado dia 20 de janeiro (mas que repousará de certeza, na eternidade da cena musical brasileira e internacional). Na história, ficará também, a sua resposta "do planeta fome", quando lhe perguntaram: "de que planeta você veio?"

Malandro
Eu ando querendo falar com você
Você tá sabendo que Zeca morreu,
Por causa de brigas que teve com a lei?

sexta-feira, janeiro 28, 2022

Politiquices



Já todos sabem a minha opinião sobre um determinado partido político português, portanto não lhe vou dar mais palco aqui no burgo. Contudo, estamos num momento determinante da Democracia Portuguesa e a nossa República está em risco. Assim. Sem rodeios, nem paninhos quentes. À bruta. Sem lubrificante.  

Conheço pessoas de diferentes partidos, e dou-me bem com a maioria - exceto com ativistas" de um projeto, cujo nome não pode ser pronunciado. Tenho amigos e familiares comunistas, outros bloquistas, muitos socialistas, outros tantos ligados ao PSD e até tenho uma melhor amiga militante do CDS (é a loucura Senhores, é a loucura!). Portanto, mais abrangente que isso, não sei se consigo. Entre nós (na minha rede próxima) sempre houve discussões por causa de opções políticas. Muitas bocas. Algumas piadas. Às vezes, com alguns berros, ou tom de voz mais elevado, mas nunca se passou o limite do decente, do razoável ou da falta de respeito. Há que saber argumentar, se queremos que nos vejam como pessoas com convicções, mesmo não concordando os outros, com elas. Acima de tudo, a palavra-chave é mesmo essa: Respeito. Respeito e Respeito. 

Nestas eleições legislativas, dentro dos projetos políticos existentes, não consigo perceber como é que pessoas assumidamente LGBTI+, votam contra si próprios. Faz-me lembrar, conforme já escrevi algures, os judeus que denunciavam outros judeus na 2.ª Guerra Mundial, com a esperança tonta, de serem poupados a um destino cruel e impiedoso (que também lhes chegou). Quem acha que são coisas diferentes, é porque não leu as 9 (nove!) páginas do programa politico desse partido de extrema direita e gosta de viver iludido que "comigo será diferente". Lamento. Não será. Quando "acabarem" os outros, irão voltar-se para os que faltam. E sim, outros regimes autoritários, como o da Coreia de Norte, que executam homossexuais, e que se dizem comunistas, não podem ser argumento para defender as desventuras, que por aqui querem aplicar. Isso só me recorda os intervalos do recreio, quando era puto, e alguém que era chamado à atenção, respondia: mas o Mário fez primeiro. Com direitos humanos não se brinca. Não há direitos menores, nem maiores. Há sim, direitos humanos. E tudo que coloque essa condição em causa, seja de esquerda ou de direita (politicamente falando), deverá ser condenado. Da mesma forma que critiquei o Partido Socialista Português, quando não assinou a carta conjunta da União Europeia sobre o que se passava Hungria. Há alturas em que não podemos ser neutros.     

Portanto, neste domingo, 30 de janeiro de 2022, votem. Por vós, mas acima de tudo, por uma democracia onde possamos ser quem nós quisermos ser, sem imposições ou perseguições. Leiam os programas. Persigam a verdade e façam uma escolha ponderada perante a sociedade que querem viver. O ódio, só porque sim, ou a nossa incapacidade de mudar a nossa vida (e culparmos sempre os outros) não pode ser fator determinante nas nossas escolhas. Até porque tudo o que damos ao Universo, ele devolve. Mais tarde ou mais cedo. 

quinta-feira, janeiro 27, 2022

Introducing: João Gadelha



Acordei a semana passada (vá, eu confesso, ninguém me acordou de acordar, porque estava a ver um filme, pronto), com uma data de mensagens de um grupo no whatsApp onde estou. Estava tudo um p-o-u-c-o histérico. Eram fotografias do ecrã da televisão, eram vídeos da novela e muitas frases do género "coloquem na TVI", "vejam a novela da TVI", e "não sei quê da TVI". Inicialmente o meu gesto primário foi: voltar o telemóvel ao contrário (celular para os nossos compatriotas brasileiros) para não ver as notificações. Mas fiquei com aquele bichinho de estar a ignorar deliberadamente a cena (e podia ser algo muito grave cof cof cof) e fui tentar perceber o que se estava a passar. 

Então é assim: existe uma novela nova na TVI, que se chama "Quero é Viver", e onde um dos protagonistas é casado com a personagem interpretada pela Rita Pereira (esta eu sei o nome!), mas que tem (ou teve, porque ainda não percebi, porque não vejo a coisa) um caso extraconjugal com um rapaz que conheceu num bar. Basicamente é uma situação fictícia, mas que refletirá de certeza, alguma pessoa que já tivemos o "privilégio" de conhecer (agora ou num passado mais ou menos próximo). Mas o que é interessante nisto tudo, é o ator que faz o papel de Fábio (o rapaz do bar). E minha nossa Senhora dos Gajos Jeitosos, de facto, o miúdo é giro. Muito giro. Só não disse aos outros que era muitooooooo giroooo, para não dar demasiada importância. Para os interessados, o ator dá pelo nome de João Gadelha (e que grande Gadelha), toca piano (e fica a dúvida se falará francês) e podem acompanhá-lo aqui.   

quarta-feira, janeiro 26, 2022

Desabafos #2



Nestes dias que passaram após o meu regresso, digamos, mais assíduo, recebo uma mensagem com o seguinte teor: és o não-sei-quantos

Não rapaz, já fui. Num passado algo longínquo. Depois fui à minha vida, porque precisei de ir, cresci mais um bocado, e voltei, porque precisei de voltar. Tornei-me numa espécie de lobo, mais ou menos incompreendido pelas pessoas, deslocado do mundo e arredores, sempre com o cérebro a mil. Solitário, mas nunca sozinho. A verdade, é que acabo por ser uma data de coisas. De personalidades. De vidas. De opiniões. De confusão mental que me frita, por vezes, o miolo. Mas acima de tudo, e na maioria das vezes, sou apenas parvo. 

Recebi com um sorrisinho tonto na cara (ou estava a ter um AVC e não me apercebi) e com alguma surpresa (váaaaaa, tenho a confessar), algum dos feedback's pelo meu regresso. E isso, como é ó-b-v-i-o, afagou aqui o menino. No bom sentido. E não no sentido sexual da coisa - não cresceu nada por estes lados, estejam descansados, até porque a idade já pesa AHAHAH. Estou mesmo a falar de uma cena mais imaterial, tipo a alma. Estão a ver? É bom saber que de alguma forma, tocámos as pessoas. De lá, de cá, de algum lado, e que partilharam um espaço comum, um palco de emoções. É muito giro perceber que estamos efetivamente todos no mesmo barco. Mesmo aqueles idiotas, que quando nos dizem alguma coisa idiota, e que não acrescentam nada à nossa vida. Desculpem idiotas, não vos quis ofender.  

Já tive alguns blogues, porque comecei muito novinho a blogar - aos 21, julgo eu. Era tão inocente meu Deus, tão tenrinho para ser enganado e enrabado (isso só aconteceu muito mais tarde e não é assunto de especial destaque). Mas o universo dos blogues desde então, ficou-me no ADN. Colou-se à pele. Já tive projetos discretos, outros menos, uns mais polidos, outros nem tanto, uns de sucesso, outros falhados. Como num qualquer supermercado, houve de tudo. Embora isto faça ampliar a minha cronologia de uma forma algo extensa, dá ideia que tudo começou ontem. Pelo menos quando olho para trás, assim parece, embora o espelho não me dê essa garantia. Nem o cartão do cidadão, nem os putos que me tratam por "senhor". Só sei, que assim de repente, fiquei com 41 anos. Tipo, q-u-a-r-e-n-t-a e u-m. Sendo que dois anos não deviam contar, porque foram anos pandémicos, e toda a gente sabe, que anos pandémicos não contam. Portanto tenho trinta e nove e uns meses. Embora o meu corpo ache que já tem cinquenta (e três), porque pensa que manda mais do que eu, e tem a mania que tem personalidade própria. 

Mas vamos lá a coisas sérias: o que pretendo com este novo blogue? Bom, podia ser sincero e dizer que quero ficar milionário. Mas todos temos noção, que tirando a Pipoca mais doce, ninguém vive de blogues em Portugal. Portanto, espero divertir-me e redimir-me perante algumas pessoas que se sentiram abandonadas. Não é que o peso dos anos não se faça sentir, ou que este regresso compense alguma coisa, mas que querem meus pequenos póneis mais lindos, é a vida. Há que saber lidar. E digo-vos, sem nenhum rancor adicional, que o pior está reservado para o pessoal da minha faixa etária, porque quando pudermos sair à rua de forma despreocupada, ou vamos até ao centro de dia mais próximo para nos divertirmos, ou ficamos em casa. Sim, porque o T deve estar alocado a miúdos até os trinta anos e para quem não é considerada população de risco perante o covi-dizer. Ah pois é, que isto na evolução do tempo, não há pausas nem bancos de descanso para ninguém. Nem para aqueles cuja idade mental ronde os vinte (e oito). 

terça-feira, janeiro 25, 2022

Confessionário 1

Caramba. Para inaugurar a cena, fiquei na merda. Ou seja, não consigo ser sarcástico, nem irónico, nem nada do género, porque nestas alturas nunca sei bem o que dizer e porque sei qual é a sensação (também porque já passei por isso). Não sei se consigo arranjar uma qualquer absolvição possível, porque deixar perpetuar esse sentimento, ou essa forma de o dissimular, é continuar a enganar, não o mundo, mas nós próprios. E se deixarmos avançar, arrastar e ficar, nunca iremos conseguir dar o salto. E nestas coisas não há vergonha nenhuma de assumir essa condição. E de procurar ajuda especializada. De pessoas que nos façam compreender as causas. A origem do problema. E às vezes, o porquê das coisas é tão óbvio e está mesmo à nossa frente, e nós é que não o vemos. Ou não queremos ver.

segunda-feira, janeiro 24, 2022

Canção do dia - Contramão - Sara Afonso


A canção do dia, que hoje trago, é uma das pérolas que o Festival da Canção de 2021 nos deixou, e que acabou por tornar-se numa das minhas favoritas desde então. Há quem diga que já é um registo de culto. A mensagem que passa é de serenidade e superação, mesmo nas alturas onde possa existir alguma revolta interior. É a banda sonora ideal para começar mais uma semana. 

Não sei por onde andei
Mas sei que me perdi
Até que me encontrei
De novo junto a ti

Eu levo o acaso às costas
Eu vou por vontade e perco a razão
Se a estrada acabar deixo andar
E mudo de direção

domingo, janeiro 23, 2022

FcD 2022



Assisti à live do Instagram do Festival da Canção na passada sexta-feira, 21 de janeiro, e estive à espera pela ordem de soltura, das cancões a concurso. Mal foram disponibilizadas, ouvi tudo de uma assentada. Escrevi uma ligeira crítica sobre todas as propostas. Voltei a ouvir, confirmei o que havia concluído nalguns casos, noutros, mudei de opinião. Depois, toca a ouvir tudo de novo, mas de uma forma aleatória, para ver o que ficava na memória, até porque nem sempre as primeiras impressões são as finais. Comigo nunca o é. Aliás, as pessoas com quem normalmente "vou com a cara logo" no primeiro encontro, são aquelas que mais tarde odeio (AHAHAHAH). Bom, mas adiante. Deixo ficar aqui umas breves notas, com a minha apreciação enquanto ouvinte de música, das canções concorrentes ao Festival da Canção deste ano - mas atenção que depois de ver ao vivo, o mais provável é que mude novamente meu top de preferências. Mas para saber tudo: 

sábado, janeiro 22, 2022

Palavra do Instagram ao Social


"Uma pessoa só o é, verdadeiramente, se tiver um perfil nas redes". 

E como um blogue não se encontra inserido na categoria de Rede Social, já arranjei um perfil no Instagram. Para os mais distraídos, está lá em cima um separador com a hiperligação. Não é que vá ser muito assíduo na cena - até porque tenho mais o que fazer, mas seja como for, já está. Mal também não fará. Espero eu.


Ai, ai, ai. Eu preciso mesmo é de me acalmar, que isto não é profissão para ninguém (muito menos para uma pessoa doente como eu).  

sexta-feira, janeiro 21, 2022

Confessionário



Da saga "ideias giras, mas sem utilidade nenhuma", surge agora o Confessionário. Até criei um separador e tal, para ter mais destaque na espuma dos dias. E no que consiste? Estão a ver o Shiuuuu? Aquele blogue famoso por partilhar os segredos dos outros - e que só por acaso, é um dos meus favoritos? Então é isso. O conceito é parecido, mas acaba por ser diferente (AHAHAHAH), até porque não quero transformar o Lobo 3malhado numa Catedral de Confidências. A ideia principal, é que nos dias maus, em que nos apetece dizer mal até de nós próprios, possamos ter um sítio onde deixar uma mensagem, que pode ser um pecado, um desabafo uma crítica ou outra coisa qualquer, mas que nos alivie a alma. As regras são básicas, de fáceis interpretação e julgo não ser necessário nenhum desenho adicional. Basta ler a descrição no separador. Ah, e pormenor importantíssimo: é  TOTALMENTE ANÓNIMO. 

E não. Não sou eu na fotografia, porque se fosse, não tinha um blogue, tinha uma congregação de fiéis. Com direito a dízimo, que me permitisse fazer umas viagens catitas.


Mas afinal, quem é que se atreve?

 

quinta-feira, janeiro 20, 2022

Casamentos: Lee + Jordan



Andava a vaguear por esse universo internético "afora" e fui dar à página da Dream Day - Wedding Planners, que apesar do nome em inglês, é uma empresa portuguesa que se dedica a realizar aquele dia especial para muitos e muitas, denominado casamento, operando no Algarve, Lisboa e na Região Autónoma da Madeira. 

Como têm um serviço específico para casamentos entre pessoas do mesmo sexo (podem ler o descritivo aqui), e tinham no seu portefólio, o casamento do Lee e do Jordan, resolvi espreitar - e partilhar por neste espaço.  

Na paleta cromática do evento, identificamos três cores. O azul (que gosto muito e identificamos nos fatos cerimoniais dos noivos e no cenário), o branco (que acho demasiado, porque está em todooooo o lado), e o rosa (nos pormenores da gravata, lenço e arranjos das mesas). Bem sei que os casamentos "são brancos", mas se fosse o meu, teria que ir de óculos escuros porque É demasiada claridade para mim. Ou então tinha que o fazer durante a tarde/noite. 

Adoro o bolo e o arranjo do mesmo. Também gosto muito da simplicidade geral e do ambiente, que apesar de formal, não deixa de ser acolhedor. Sobre o casal em si, acho que estão muito bem para a ocasião e ficam muito fofinhos juntos. Mas esta é a minha veia romântica a falar. 



Créditos fotográficos: Dream Day - Wedding Planners 


O que acharam? #faziam? O casamento, e não o Lee e o Jordan, ok? Ou então tudo, acumulando no cartão Poupa Mais do Pingo Doce (passo a publicidade) - que é para o lado que durmo melhor (AHAHAHA)!

quarta-feira, janeiro 19, 2022

airbnb do mês - Taíde, Braga, Portugal



E uma vez por mês, irei trazer para este singelo "berloque", um alojamento que vi no site airbnb e que pensei em voz alta: "Quero. Tenho de ir urgentemente. Já. Para ontem". E para titular a cena, pensei num nome super original. Preparados? De certeza? Então vá. Aguentem a emoção e apertem o pipi. Esta nova rúbrica... irá chamar-se... "airbnb do mês"! Tcharan! Genial, não acham? Às vezes acho que me estou a perder neste mundo tão cinzento. Calma, juízes da blogosfera, que estou a escrever isto com muitaaaa ironia.   

Assim, a proposta de janeiro de 2022, leva-nos até Taíde, Braga, Portugal. Não pesquisei nenhum destino em especial, apenas tive como critério o noroeste da península ibérica. E dentro do que me surgiu, e até à ultima hora estive indeciso entre o que vos trago hoje e um alojamento na Galiza, acabei por optar pelo "Estúdio Cascata". E para quem é da área de artes, é impossível não fazer o paralelismo com a Casa da Cascata de Frank Lloyd Wright. 

O alojamento é muito giro, muito bem enquadrado e como o próprio nome indica, fica junto a uma cascata (presa), o que lhe confere um aspeto muito pitoresco, acolhedor e romântico. Interiormente, a utilização da madeira nos revestimentos, transmite ainda, uma sensação de segurança e de calma, que podem propiciar uma estadia calma e relaxante. Faço ideia, as noites de amor caliente que por ali já ocorreram. Ui. Ui. Eu teria muitas de certeza, até porque o ambiente puxa pra isso. Isso e muito mais. Mas isso agora, como dizia a outra, não interessa nada.  

De salientar apenas, que ao dia em que escrevo este texto, o preço por noite rondava os 113,00€, o que na minha perspetiva, até é bastante simpático.

Deixo-vos ainda, uma breve compilação fotográfica para vos aguçar o apetite, sendo que podem ver todas as fotografias aqui e proceder à reserva aqui




Créditos fotográficos: airbnb


Fantástico, não é?

terça-feira, janeiro 18, 2022

Desabafos



Na maioria das vezes, não me lembro porque é que abandonei a blogosfera. Tenho aqueles momentos de esquecimento fugaz sobre as coisas más, e só consigo recordar as coisas boas. Mas quando o faço, há sempre algo que me lembra porque o fiz. O porquê de ter perdido o interesse. O porquê do afastamento. O porquê de ter encerrado espaços e ter ido para outras paragens. Bem sei que no processo, cometi alguns erros, deixei cair um pouco a vedação do anonimato, perdi alguns amigos, tive alguns conflitos e algumas pessoas deixaram de me falar porque deixei de escrever (um dia, ainda vou tentar perceber esta parte). Ainda assim, tenho a certeza que tomei a decisão certa, na altura certa.

Hoje, também estou absolutamente confortável em ter começado um blogue novo, após anos de afastamento. Após um período de uma paragem algo forçada, mas que no fim, se revelou necessária. Para me reencontrar. Para me recentrar. Para crescer. Para que pudesse construir um conjunto de regras e normas, que balizassem futuras intervenções. Esclareci comigo mesmo, aquilo que desta vez não quero que aconteça. Não quero repetir os erros do passado, que me "obrigaram" a emigrar para fora do mundo dos blogues. De um mundo onde me sentia confortável. E onde tive momentos felizes. 

segunda-feira, janeiro 17, 2022

Dramas



Uma segunda-feira mais pacifica, depois de um fim-de-semana tumultuoso, devido aos efeitos da vacina do COVID. Foi menos intenso que a segunda dose, mas ainda assim, o sono, as dores - de cabeça, nas costas e ombro, a pseudo dor de garanta e a boca seca, os suores frios (e o contrário) estiveram presentes. Parecia uma ressaca das antigas, de quando ia para o T e saía de lá (quase de rastos -  cof cof cof cof) às 6 da manhã. Agora, vítima das circunstâncias (o mesmo que dizer que da velhice) rebolo na cama devido a uma vacina. Há coisas piores. Mas também há melhores. Mas para já, é o que temos.  

domingo, janeiro 16, 2022

Introducing: Pedro Medeiros



É aos domingos, após a overdose de comida que ingiro de forma descontrolada ao fim-de-semana (e que não é propriamente a mais saudável), que fico com o peso da consciência de me andar a baldar ao ginásio, já faz 3 meses. Devia contratar um personal trainer, que me obrigasse a fazer exercícios e ter uma rotina de treino consistente. Talvez o Pedro Medeiros me fizesse sair de cama. Ou talvez não. 

Podem saber mais sobre o Pedro, ou se preferirem, o personal trainer das estrelas, no seu Instagram. Obviamente, que há coisas que não vão conseguir ter a certeza, mas vão encontrar boas pistas por lá. 

sábado, janeiro 15, 2022

Dramas - Velhice



Mas afinal, quando é que sabemos que estamos velhos e acabados? Fácil. Será no dia que combinarmos três fatores. Quando putos de vinte-e-tal anos nos tratarem por senhor, quando levarmos a 3.ª dose da vacina do COVID-19 e quando o resultado das nossas análises for desastroso, no que diz respeito ao colesterol. Afinal, hoje foi o dia. 

Onde é que posso levantar o meu passe social da terceira idade? E o cartão do centro de dia?  


Ai nossa Senhora do Colesterol, que estou tão fodido. O médico já me tinha avisado que se o resultado fosse mau, que me colocava a comprimidos. Fuck

sexta-feira, janeiro 14, 2022

Promiscuidades



Às vezes dou por mim a pensar, que gostaria de participar numa orgia. Estar no meio de um grupo enorme de gajos giros, sexys, despreocupados, excitantes, num ambiente lusco-fusco, com este, aquele e aqueloutro do Instagram. Onde a única coisa que interessa é o prazer. A luxúria. A vontade de fundir corpos. Ao mesmo tempo, também penso, no facto de gostar de ser monogâmico e na minha incapacidade de "marcar e pinar". Ou como me chegaram a dizer "sexo é sexo, e tu parece que tens de sentir sempre qualquer coisa mais esotérica pelas pessoas por quem te sentes atraído fisicamente". No fundo, sou como aqueles cães pequenitos, que ladram, ladram, mas não mordem. Não sei, mas acho que não tenho uma tendência para ser muito "solto", como o arroz. A verdade, é que ao mesmo tempo que tenho pensamentos mais promíscuos, também começo logo a lembrar-me da prestação do carro, das dores das costas e no after da cena, se a cena acontecesse e pronto. Passa-me logo a vontade. 


O que vale é que hoje é sexta-feira e vou jantar sushi. 

quarta-feira, janeiro 12, 2022

Sentimentos para hoje: Bipolaridades



Estou farto de queixumes. Estou farto de me ouvir queixar. Disto. Daquilo. De tudo e de nada. Estou farto da minha resignação constante. Estou farto de mim. De procurar culpas externas e internas. De querer mudar e não conseguir. De querer tudo e de nada conseguir. Aliás, todo este texto é a antítese daquilo que pretendo, mas acaba por ser mais forte do que eu. Do que a minha vontade. Parece que sou mesmo marado dos neurónios. 

Mas aquilo que sinto, é que a minha vida tem sempre mais obstáculos que a dos outros, mas se calhar os outros, também pensam que o meu percurso será mais fácil que o deles. A verdade, é que nunca ninguém está contente com o que tem, até porque um sorriso ou de uma gargalhada, nem sempre significa que alguém está, é, feliz. 

Para 2022, assumi um compromisso comigo mesmo. Vou queixar-me menos e fazer mais, mesmo que tenha que correr mais 100 metros que todos os outros. Mesmo que que tenha que saltar mais baias que todos os outros. Mesmo que isso signifique que tenha que sofrer mais do que os outros. A motivação parece aparecer timidamente. A ver vamos até quando dura. O facto inegável, é que a idade não me tem trazido serenidade, calma ou outra coisa qualquer que me me garanta paz de espírito. 

Contínuo a ficar lixado porque algumas pessoas não gostam de mim (mesmo pessoas que não me deviam dizer nada), ou porque estão chateadas comigo só porque sim. Porque não lhe fiz as vontades, porque não concordei com elas, porque não as beijei ou porque não fui para a cama com elas. Permaneço amarrado àquilo que a minha família possa pensar de mim. Que sonhou para mim. Que pensou que eu devia ter feito isto ou outra coisa qualquer. Vivo com a constante necessidade de prova, que apesar de não ser o gajo mais bonito do mundo, tenho algumas coisas boas. Odeio o que vejo ao espelho, mas não verbalizo. Penso que devo ao mundo, mais do que realmente tenho em dívida. E sigo cheio de medo de dar o salto para resolver algumas coisas na minha vida. Olho para trás e vejo que estou onde não queria estar, e vejo que cada vez, fico mais longe daquilo que sempre quis. Não queria, aos 41 anos, estar aqui. Não queria esta vida. Não queria esta luta interna que se intensifica e não me dá descanso. Não queria pensar tanto nas coisas. Mas enfim, é o que temos. Deve ser o síndrome Emily in Paris.  


Mon Soleil 

"You know that some things were just always meant to be
Don't ask the girls
Don't ask the other guys
Sometimes I wonder if you ever gonna see
I'm not like the other girls
You're not like the other guys
I tell you I want you, but you don't listen to me
I guess all I can do is whisper in your ear" 

terça-feira, janeiro 11, 2022

Quotidiano Mundano



Fui ao Celeiro comprar pacotes de claras. Estavam algumas pessoas, mas como já sei onde estão as coisas, dirigi-me rapidamente ao local onde estava o produto e fui direto para a caixa (sem passar na casa partida). 


A senhora de sempre, atendeu-me com a simpatia de sempre, e fez-me a pergunta de sempre: 

- Tem cartão da loja? 

E eu respondi que não. Aliás, como sempre. 


- Quer saco? 

Voltei a responder que não. 


- Quer aproveitar a nossa promoção não-sei-do-quê

Também respondi que não. 


- São 4.20€. 

E eu respondo: não obrigado. Também não quero colocar o número de contribuinte. 


E ficámos ali uns minutos, a olhar um para o outro, até eu perceber que ela me tinha dito o preço das compras e estava à espera que pagasse. 


Isto de ser ser pouco atento às coisas, começa a não ter piada nenhuma. 

segunda-feira, janeiro 10, 2022

Entrevistas - Marco Pigossi



A história de se viver ou não no "armário", depende sempre de cada um, e das circunstâncias que cada um tem na sua vida. Até porque, como diz o povo, "só sabe o que se passa no convento, quem está lá dentro".

A entrevista do Marco Pigossi (de quem já tinha falado aqui), à Piauí (e que transcrevo na segunda parte desta publicação), é bastante reveladora do que muitas pessoas sentem e vivem, e é representativa de situações que parecem ser tão fáceis, mas que depois acabam por se tornar complicadas, devido a inúmeros fatores, como por exemplo, a pressão social a que estamos sujeitos. Se é verdade, que há quem consiga arrancar essas amarras de uma forma célere e eficaz, também há realidades (e até me atrevo a dizer que são a maioria), em que esse processo é muito mais lento e doloroso, até porque somos todos diferentes e lidamos com estas questões de forma distinta. Seja como for, é um processo capaz de debilitar física e psicologicamente qualquer um. E prova disso mesmo é a taxa de suicídio na população LGBTI+. 

O que me deixa apreensivo nisto tudo é: se alguém como o Marco, que teve um percurso cheio de dor para aceitar aquilo que é, então nem consigo imaginar aquelas pessoas que vivem em regiões do interior, em comunidades mais fechadas, dependentes economicamente de terceiros, e sem capacidade de seguir o seu percurso e construir os seus sonhos. E quando toco neste tema, lembro-me sempre de outro espaço "blogosférico" que tive, e de um rapaz que me enviou um e-mail a dizer, que ler o meu blogue, era a única forma que tinha de viver um bocadinho aquilo que ele era - porque vivia num local muito pequeno e tinha medo que as pessoas descobrissem que era gay. E isto não nos pode deixar indiferentes. 

Bom, mas se quiserem ler o depoimento do Marco na íntegra: 

sexta-feira, janeiro 07, 2022

Introducing: Giorgio Ramondetta



Estava a ler um blogue internacional, que acompanho desde que a Rainha Isabel II foi coroada (para aí no período Jurássico), quando descobri este "menino". Nem costumo gostar muito de pessoas muito mais novas que eu, mas este puto fez-me lembrar o Pietro Boselli e noutros ângulos o Manu Ríos. Nota mental: acho que estou a ficar um bocado obcecado por este último. 

Seja como for, foram as fotografias que o Giorgio Ramondetta (um "tik toker" italiano) tirou para a revista Yummy ISSUE THREE (que podem comprar aqui), que me despertaram a atenção. Como sou um tipo porreiro, partilho aqui a hiperligação convosco, para perceberem aquilo a que refiro e conseguirem formular a vossa própria opinião. 

quinta-feira, janeiro 06, 2022

Coisinhas: autoestima



Eu sempre tive um grande problema de autoestima física. Aliás, eu tenho um grande problema de autoestima física. Passei a vida toda a ouvir "és feio", "tens as orelhas grandes", "não tens rabo", "és demasiado magro", "tens os dentes tortos" ou "és um aborto mal feito", e portanto, sempre foi difícil para mim, gostar de mim. É claro que os "tops", que se faziam no secundário, onde ficava sempre nos últimos lugares da tabela, não ajudaram em nada, e portanto, comecei a ter vergonha da minha figura. Ainda assim, tenho lutado ao longo dos anos, para me valorizar, não só enquanto pessoa, mas como um homem que não seja fisicamente muito desinteressante. Não tanto pelos outros, mas por mim, para gostar de me ver ao espelho, e não achar que devia ter nascido noutro corpo. A verdade, é que gosto muito mais de mim hoje, do que gostava há 20 anos atrás (dito desta forma, até fiquei com medo, porque a idade pesa), embora a queda de cabelo não tenha ajudado em nada. Mas nada é perfeito e nunca será. 

Como é obvio, pertencer a uma minoria, como aquela a qual pertenço, na questão da autoestima física, não ajuda nada. Inicialmente, "quando comecei nesta vida", levei muitas negas (e também dei algumas, verdade seja dita) porque não correspondia ao ideal físico das pessoas com quem marcava encontros. Não posso afirmar inequivocamente, que alguém me tenha dito isso abertamente na cara, ou mencionado algum aspeto do meu corpo que me tivesse deixado melindrado, mas essa cobrança estética existiu em algumas circunstâncias, porque o senti. De uma forma dissimulada, mas existiu. Curiosamente quando viajava para o país vizinho, nunca me senti diminuído em nada, e até era abordado q.b. (já pareço o outro, oh God!), o que me fazia subir um bocadinho o ego. 

Ser gay não é fácil. Não só porque pertencemos a uma minoria, mas porque dentro dessa minoria, existem outras minorias, que discriminam e apontam o dedo. Já recebi mensagens pelo Instagram a dizer "és feio", outras a diminuir-me face a outras pessoas e algumas a insinuar que eu não mereço o que tenho. As pessoas quando querem ser más, são más. E se não cumprirmos os padrões impostos, pior. E eu, absorvo isto tudo de uma forma, que não consigo desvalorizar. E não o consigo, porque isto faz tremer as minhas fundações - que já por si, são frágeis. Porque aquilo que sentimos não pode ser desvalorizado ou atirado para trás das costas. E não. Não acho que esta questão seja fútil. Todos temos que nos sentir confortáveis na nossa pele, implique isso o que implicar. E ninguém tem o direito de nos diminuir neste capítulo só porque acha alguma coisa.   

quarta-feira, janeiro 05, 2022

Descobertas



Existe tanta coisa neste mundo, que é impossível saber de tudo. Ou ter conhecimento de tudo. Ou estar devidamente atualizado sobre todos os conteúdos e mais alguns. Ou isso, ou também a parte de ser um bocadinho ingénuo, pode contribuir para esse alheamento e fazer a diferença. A diferença. Repito: toda a diferença. E tudo isto porquê? Bom, vi uma partilha no Instagram de um objeto, que não sei o nome técnico, mas que é tipo um masturbador que imita a "parte de trás" dos homens. O ânus, portanto. Sim, já sei que alguns irão dizer "e novidades?", mas para mim foi mesmo descobrir algo novo, porque se tinha conhecimento que faziam vibradores e afins, com réplicas de pénis de atores gays de filmes para adultos, não sabia do resto. E da breve pesquisa, que fiz para esta singela publicação, verifiquei que há replicas do Diego Sans e do Allen King - não se façam de púdicos e não me digam que não conhecem.      


(ATENÇÃO: se estiverem a ler isto no trabalho, não carreguem nas hiperligações - conselho de amigo

segunda-feira, janeiro 03, 2022

Coisinhas - Resoluções



Para já, este ano, está a ser igual a 2021. Ou seja, sem novidades de maior e sem questões fraturantes dignas de registo. Mas não querendo facilitar, para não me acusarem mais tarde de nada ter feito, na noite da "virada" (como dizem os nossos irmãos brasileiros) fiz muitas coisas como manda a tradição, sempre com o objetivo principal de ampliar as minhas probabilidades de concretização, de tudo aquilo que quero atingir. 

Assim, inscrevi num lindo post-it fluorescente amarelo, cinco grandes ações. Cinco grandes resoluções de ano novo, que pretendo realizar. E para não perder o foco, guardei tudo na carteira. Portanto, daqui a um anos voltamos a este assunto, e verificaremos o que consegui implementar.


E desse lado? Temos resoluções para 2022?