Aproxima-se mais uma passagem de ano, a segunda em tempos de pandemia, e parece que não fiz nada de jeito, mas fiquei, assim de repente, dois anos mais velho. Pelo meio, estou a tornar-me uma pessoa mais horrível (ou que deixou de "papar" certos comportamentos, e portanto com mais não's do que sim´s), mais amarga ou desligada das coisas, e talvez um pouco menos empática - porque a necessidade de colocar os outros em primeiro lugar começa a desvanecer. Contudo, ainda assim, sou uma pessoa que não consegue ficar indiferente às coisas, às pessoas e às situações. Afinal quem sou eu? Nem eu já sei responder a essa questão. Mas sei que sou aquele tipo, que vê o irmão a destruir acidentalmente a orquídea favorita da mãe, e tenta ajudar no imediato a resolver o problema, e é aquele que leva logo com as críticas de mamãe e papai, como se a responsabilidade tivesse sido sua. Como dizia o outro: são cenas da vida.
Durante este período, também deixei de falar a uma amiga minha (ex, portanto) por considerar que ela estava a ser super ingrata comigo. Um dia, talvez devido aos efeitos da vacina do Covid, não lhe atendi o telefone e acabei por bloqueá-la nas minhas redes sociais. Repito: minhas. Andei nove meses a tentar perceber o que se passava, e da outra parte nunca houve o cuidado de querer esclarecer o que quer que fosse. Mas nisso sou perito. Sou sempre eu que corro atrás (quase sempre, vá, para não parecer um coitadinho) para tentar resolver o que quer que seja. Eventualmente, serei aquele que terá atitudes mais parvas, e por conseguinte, com mais necessidade de resolver as coisas, mas o facto de saber que há alguém no mundo que me odeia, e cujos motivos eu não os entendo, faz crescer em mim, a necessidade de querer resolver as coisas. Mesmo quando me magoaram muito. E se sobre ela escrevo, é porque o assunto ainda me incomoda. Óbvio.
Seja como for, esta não é uma publicação do "coitadinho", é uma apenas parte de uma pequena reflexão pessoal, sobre o meu 2021 e sobre aquilo que vou querer para o ano que aí está à porta.
Apesar de tudo, não queria deixar este blogue em 2021, sem uma mensagem de esperança para 2022, desejando ainda, que os vossos sonhos se concretizem (ou fiquem mais perto da vossa meta). O melhor, acredito eu, está para vir. Portanto, vivam esta semana como se fosse a última do ano (AHAHAHAHA).
Feliz 2022!
Adorei o Obvio, porque o meu sobrinho de 15 anos é capaz de dizer "Obvio" umas 50 vezes num só dia ehehehehehehe e fizeste me lembrar disso eheheheheh
ResponderEliminarFeliz 2022 e que seja um ano cheio de Sucessos para ti :)
Eu tenho uma percentagem de um miúdo de 15 anos dentro de mim (HAHAH). Às vezes até demais.
EliminarUm excelente 2022 para ti Francisco!