domingo, novembro 21, 2021

domingos



Os domingos deprimem-me. Aliás, sempre me deprimiram, e para assinalar ainda mais esse facto, vim beber um café ao centro comercial da periferia. Sozinho. Alone. Abandonado, que nem um cachorro de rua ou o último pastel de nata da embalagem, que apenas não é comido por vergonha (vamos nos abster de comentários parvos sobre o "é comido", ok?). Daqui, sentado, não abarco o mundo, mas sim, grupos de amigos, casais de namorados, casados e afins, muitas famílias e um, ou outro, solitário como eu. Este tempo de frio e de céu acinzentado, mesmo sem chover, é triste, melancólico e enervante. Enerva, porque puxa a minha capacidade, para não fazer nada, ao limite (e logo eu, que adoro brincar à múmias egípcias). Traz-me melancolia porque acho que poderia ter tido outras vidas, se tivesse tomado outras decisões. E é triste, porque me faz lembrar quem já partiu e me faz falta. 

Seja como for, nestes dias mais sentimentais, a banda sonora é importante. E embora não seja grande fã (é mesmo quase zero) do género musical de Marília Mendonça (que morreu cedo, para a vida inteira que se perspetivava que tivesse), hoje dei por mim a comprar 3 (TRÊS!) canções no iTunes. Talvez porque a letra me diga algo, mesmo não concordando com ela a 100%, ou talvez, esteja a precisar de repensar o que quero para mim, sabendo desde logo, que a monotonia me mata por dentro. Mesmo aquela que me apodera de mim ao sétimo dia. Enfim. Já tive mais longe de ir dançar forró. Bom, ao menos, já tenho banda sonora para quando o meu chefe magoar os meus sentimentos mais profundos.  


Não é que isso interesse muito (ou quase nada), mas as músicas compradas foram: Supera, Todo Mundo Menos Você e Presepada

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