terça-feira, novembro 30, 2021

Introducing: Fabrício Ternes



O Senhor Fabrício (porque este é um blogue de respeito) foi uma das minhas primeiras crushes no Instagram. Corria o ano de 2011, onde o conceito de "vedeta" desta rede social ainda não existia, e como tal, estávamos todos no mesmo patamar. Ou seja, éramos todos comuns mortais, e sempre dava para trocar umas mensagens em jeito de conversa tótó. Claro que ficava todo contentinho da vida quando ele me respondia, mas agora vejo que eu era um pouco parvo.   

Como já estamos a falar de 10 anos de diferença, de cá para lá, o Senhor Fabrício teve dois relacionamentos sérios "publicados" e eu sempre tive ciúmes de todos (AHAHAHAHA). Mas ainda assim, o namorado dele de há uns anos a esta parte, fica muito bem ao lado dele e tem um ar super fofinho, e portanto é lidar com isso senhores. Tipo eu. Adiante. 

Só quero terminar dizendo, que o Senhor Fabrício, era moço para me fazer voltar à missa. E tudo porque tem um ar de bom católico. Só isso. Ah, e podem conferir isso tudo no Isto-é-Grande do Senhor em causa.  

segunda-feira, novembro 29, 2021

Coisinhas: Twitter



Alguém se lembra da minha publicação sobre o Only Fans


Bom, parece que esta plataforma vai deixar de aceitar de vez, nudez, e outras coisas fofinhas acabadas em "ez", e muita gente que tinha aqui, neste paraíso, o seu domicílio fiscal, está a migrar para outras ferramentas semelhantes, que permitem conteúdos mais escaldantes - e quiçá, mais tecnológicos. Ou talvez não. 


Seja como for, está quase tudo no Twitter

domingo, novembro 28, 2021

Domingos



Este blogue é um exercício singular, que expressa opiniões e conceitos muito próprios, vinculados unicamente a mim, utilizando para isso um pseudónimo. É uma ação anónima, mas não de ofensa ou de gratuitidade de ataque cobarde a quem quer que seja. É mais parvo do que sério, e diz mais de mim, do que alguém a quem possa fazer alguma referência. 

No fundo, este é um ato masturbatório, de um blogue, meu, e exclusivamente meu, mas que mostro ao mundo, como se gostasse de ser vítima de alguma espécie de voyeurismo. E não. Não gosto.      

sexta-feira, novembro 26, 2021

Notícias - Marco Pigossi


Ai Pigossi, Pigossi, és melhor que remédio para a tossi (é tosse em Alentejano, ok?). 

Agora fiquei na dúvida se continua a ser Crush, Crush, ou se a transfiro para o namorado. Tudo isto, porque o Marco Pigossi partilhou a publicação do namorado numa storie do Instagram, com a legenda “chocando um total de 0 pessoas”. Não é que ninguém tenha nada a ver com isso, mas que ficam bem os dois, ficam. 

Ai meu Deus, que aqueles dois levam-me a passear a Mirandela.

quinta-feira, novembro 25, 2021

Quotidiano Mundano



Acabei de reagir a uma Storie no Instagram sobre comida. Mal o fiz, fiquei de consciência pesada. Tipo: acabo de dar a entender ao outro rapaz que ele só come, quando eu faço o mesmo de há 2 meses para cá, com a agravante de me baldar ao ginásio também no mesmo período. O meu colesterol deve estar nos píncaros e o meu médico vai adorar as minhas análises. E pronto. É aqui que vejo que já tenho alguma idade. Não por padecer deste mal, mas por falar dele.  

Eu que era tão certinho (quase vá) com os meus treinos no ginásio e dieta (mais ou menos, vá), que nem me reconheço. Ando um desleixado de primeira. E depois queixo-me, de que me odeio ver ao espelho. Pudera. A comer como se fosse uma empresa de reciclagem e a sem fazer exercício físico de uma forma eficaz, estou a preparar-me para ser candidato a Mister Pai Natal 2021. 

Ai se eu tivesse um Pedro Medeiros na minha vida, a minha história era outra. Ou se era. Para o bem e para o mal. Não há qualquer coisa nos votos de casamento assim? 

quarta-feira, novembro 24, 2021

Efemérides - Freddie Mercury

Faz hoje 30 anos que perdemos, não só uma das grandes vozes masculinas da nossa época e da música rock, mas também um talentoso compositor-autor. Falo de Freddie Mercury, que morreu a 24 de novembro de 1991, aos 45 anos, vítima de SIDA. Não me lembro onde estava neste dia. Sei que tinha 11 anos, mas a primeira vez que ouvir falar nos Queen, em Freddie e nesta doença, foi numa viagem de pseudo-finalistas da Escola Preparatória, ao Alentejo, anos mais tarde. 

Estávamos a regressar a Lisboa, quando no lusco-fusco do autocarro, onde os miúdos populares tentavam arranjar engates com as miúdas mais giras da escola (andavam na fase dos beijos e dos apalpões), começou a passar "We are the Champions". Por momentos, o ambiente sexualmente mais afoito, parou. E ouvi, dois bancos atrás, a explicação do garanhão da escola, a uma rapariga que tinha estado a curtir com ele. Dizia, que adorava os Queen, que sabia a letras de todas as canções, que o Freddie era do caraças, mesmo sendo esquisito porque gostava de homens. E que tinha morrido de uma doença "má".

Hoje, efetivamente, é um dia para recordar. Não para comemorar a morte, mas para celebrar a vida, e o papel que o Freddie Mercury teve, não só no derrube do estigma da SIDA (colocou muita gente a falar da doença), mas também em abrir os olhos de todos para as questões LGBTI+ e a sua marginalização.  

terça-feira, novembro 23, 2021

Coisinhas - Relações Laborais



As relações laborais não são um mar de rosas. Nunca o foram, e duvido que alguma vez o sejam. Acho que é a consequência natural da forma como se constituem as equipas e se "obriga" as pessoas a moldarem-se umas às outras. Onde estou atualmente, estou, porque estou contratualmente obrigado. Não tive hipótese de escolha, a não ser que me despedisse. Não gosto da maioria das pessoas, não gosto do trabalho e apenas tolero quem manda. Contudo, já tive um ambiente pior do que tenho. Já tive colegas mais incómodos do que aqueles que estão por cá e também já tive, em linha com tudo o resto, tarefas de merda mais chatas. Fisicamente, já deixei de estar ao lado da casa de banho, para estar num local mais agradável, de onde vejo a rua, onde tenho luz natural, onde não estou com a fuça diretamente voltada para o ar condicionado, e onde não tenho pessoas constantemente a passar por trás de mim - o que me desconcentrava várias vezes ao longo do dia.

Não posso afirmar aos quatro ventos que tenho amigos aqui. O conceito de amigo para mim é muito restrito e conta-se pelos dedos de uma mão, aqueles que tenho na minha vida e aqueles que fiz em contexto de trabalho. Ter afinidades, gostos em comum, ou partilhar uma condição, não é garante de coisa nenhuma. Não temos que ser amigos, temos que ter profissionais nos relacionamentos, e sim, temos que nos tolerar uns aos outros. Mesmo quando nos apeteça bater em alguém. A velha máxima de respirar fundo, e contar até dez, nunca fez tanto sentido.      

Onde exerço funções, conheço todos os colegas que são abertamente gays. E alguns acham, que isso é o suficiente para considerar que somos todos amigos. Que somos todos comparsas e cumplicidades de uma vida. Que temos todos a obrigação de desabafar coisas, contar cenas, rir e chorar uns com os outros. E um deles acha, só porque me viu uma vez nas férias com o meu namorado (onde até conversámos e trocámos opiniões sobre o destino estival naquele encontro de 1.º grau), que tem o direito de comentar isso com outros colegas. Aliás, a "boca" (que pretendeu ser uma graçola, assim com muita piada e tal - que não teve) que recebi hoje de manhã, ao café, onde colocaram junto do meu primeiro nome, o primeiro nome e apelido da pessoa com quem tenho um relacionamento, acabou por confirmar as minhas suspeitas sobre a discrição da pessoa em causa, e relembrou-me uma vez mais, um dos motivos pelos quais não gosto dela. 

domingo, novembro 21, 2021

domingos



Os domingos deprimem-me. Aliás, sempre me deprimiram, e para assinalar ainda mais esse facto, vim beber um café ao centro comercial da periferia. Sozinho. Alone. Abandonado, que nem um cachorro de rua ou o último pastel de nata da embalagem, que apenas não é comido por vergonha (vamos nos abster de comentários parvos sobre o "é comido", ok?). Daqui, sentado, não abarco o mundo, mas sim, grupos de amigos, casais de namorados, casados e afins, muitas famílias e um, ou outro, solitário como eu. Este tempo de frio e de céu acinzentado, mesmo sem chover, é triste, melancólico e enervante. Enerva, porque puxa a minha capacidade, para não fazer nada, ao limite (e logo eu, que adoro brincar à múmias egípcias). Traz-me melancolia porque acho que poderia ter tido outras vidas, se tivesse tomado outras decisões. E é triste, porque me faz lembrar quem já partiu e me faz falta. 

Seja como for, nestes dias mais sentimentais, a banda sonora é importante. E embora não seja grande fã (é mesmo quase zero) do género musical de Marília Mendonça (que morreu cedo, para a vida inteira que se perspetivava que tivesse), hoje dei por mim a comprar 3 (TRÊS!) canções no iTunes. Talvez porque a letra me diga algo, mesmo não concordando com ela a 100%, ou talvez, esteja a precisar de repensar o que quero para mim, sabendo desde logo, que a monotonia me mata por dentro. Mesmo aquela que me apodera de mim ao sétimo dia. Enfim. Já tive mais longe de ir dançar forró. Bom, ao menos, já tenho banda sonora para quando o meu chefe magoar os meus sentimentos mais profundos.  


Não é que isso interesse muito (ou quase nada), mas as músicas compradas foram: Supera, Todo Mundo Menos Você e Presepada

sexta-feira, novembro 19, 2021

Relacionamentos

Hoje na hora de almoço, com colegas de trabalho, falámos sobre idades e relacionamentos. Dissertámos, como é complicado, pessoas de gerações diferentes, e afastadas entre si por mais de vinte anos, conseguirem chegar a um compromisso estável, sem grandes embates ou disfunções. Apesar de apresentarmos “caso práticos” de terceiros, não há nada que substitua a experiência personalizada de cada um, porque cada realidade é diferente, e só quem está dentro do convento é que sabe – já dizia o povo. Contudo, dentro do nosso grupo de “peritos”, foi unânime a conclusão de que relacionamentos entre duas pessoas, separadas entre si, por várias faixas etárias, tem muita coisa para não correr bem. Ou tinha tudo para correr mal. Ou pelo menos, que a diferença se estabelecesse 15 anos acima ou abaixo. Isto é, se os casos concretos fossem connosco.  

Pessoalmente, se estivesse solteiro, não sei se conseguiria desenvolver um relacionamento eficaz com alguém de 20. Sempre são 21 anos de diferença, e corria o risco que a outra pessoa desconhecesse o programa “Agora Escolha” (tudo agora a pesquisar no Google) ou os desenhos animados do Dartacão. Já nem falo dos grandes êxitos dos Onda Choc ou dos Queijinhos Frescos, que vão ficar a olhar para mim, como se tivesse estacionado a minha nave algures numa azinheira.

Bom, uma verdade inegável: os “anos gay” são diferentes dos anos hétero. Quer em vida, quer em durabilidade de relacionamento. Como dizia um amigo meu, “7 anos de casamento gay, devem equivaler a 14 anos normais”, assim na mesma lógica e sistema dos anos canídeos, embora com o devido desconto em cartão Continente. E isso acontece, talvez porque demoremos algum tempo a aceitar e assumir o que somos, como somos e como querem que sejamos, talvez porque vivemos sempre em lutas interiores ou porque apenas nos “descobrimos” mais tarde. Seja como for, e seja por que motivo for, a nossa cronologia arraste-se um pouco mais que o considerado “normal”.

Portanto, acaba por ser algo perfeitamente comum, que os relacionamentos LGBTI+ (pelo menos a parte da homoafetividade) apresentem imensos pares com diferenças de idade consideráveis, exigindo um esforço adicional às partes, de compromisso, tolerância e capacidade de adaptação. Julgo também, como somos menos, o universo onde os nossos relacionamentos podem desabrochar, acaba por ser mais diminuto, e talvez também por isso, exista uma maior flexibilidade no que à diferença de idades diz respeito. Embora, e como em muitas coisas, para o mundo normativo, esse tipo de relacionamentos possa ser visto de uma forma não compreendida ou até mesmo “anormal”, ou com alguma “piedade”.
 

By the way, eu sou o mais velho na “cena”.    


quinta-feira, novembro 18, 2021

Amizades



Eu a defender os meus amigos:

- Vamos lá e partimos aquela m#rda toda. Não podemos deixar isto ficar assim. 

Also me: 

- É pah, se tiverem que bater em alguém, eu sou o mais fraquinho de ossos. E não me batam nos dentes, que me custaram mais de 5000€. 



Bipolaridades.


quarta-feira, novembro 17, 2021

Conjugalidade(s)




- E hoje? Sempre vamos jantar fora? Já sabes o sítio? 

- Sim, claro que vamos. Já tínhamos combinado. E vamos onde?


*eu a revirar os olhos* 


O que vale é que não posso criticar, porque às vezes também faço o mesmo... e devolvo a pergunta! 

AHAHAHAHAHAHAH 

terça-feira, novembro 16, 2021

Coisinhas




E pronto. Já montei a árvore de Natal e estou a ouvir canções da quadra. 

Too soon? 


E vocês? Também são precoces? 

sábado, novembro 13, 2021

Crushes | Ricardo Pereira




Sou só eu, ou aquele Ricardo do Big Brother TVI, edição 2021, desperta desejos de querer constituir uma família numerosa (ou pelo menos morrer a tentar)? 

Pois. Se calhar sou só eu.

sexta-feira, novembro 12, 2021

Ser ou não ser?




Isto de se fazer várias coisas ao mesmo tempo, dá sempre asneira. Ou seja, não temos tempo para tudo, e muita coisa acaba por ser negligenciada. Eu, como não sou capaz de dizer que não (eu sei, ainda tenho muito para evoluir, embora já caminhe para grandpa e não para daddy) acabo sempre em enredos dignos de filmes de drama barato ou terror de classe B. Porque se não terminamos as coisas logo ali, na base, a tendência do problema é crescer e depois não vamos conseguir minimizar os danos colaterais. E se houvessem quem dissesse, que esta pandemia nos ia tornar melhores pessoas, eu não sei se estou melhor. 

Talvez seja mesmo má pessoa, ou talvez as pessoas não estavam à espera.. que virasse rebelde e começasse a não papar (mais) grupos. Eu próprio não me reconheço em algumas ações, decisões e discurso. Se o meu Eu dos 22 anos olhasse para o Eu dos 41 seria o primeiro a criticar. A minha escala de valores alterou-se, e coisas que abominava, começo a tolerar, e outras que dizia jamais!, hoje, digo que depende das circunstâncias. Se isto me faz má pessoa, ou uma pessoa criticável pela sociedade, talvez faça, mas acho que as pessoas da minha geração vivem um momento de charneira, onde, ou se aproveita agora, ou a vida irá escapar-nos perante os dedos. 

Obviamente que não serei hipócrita, e não me irei desculpar com as marcas com que a vida me colocou. Mas também vou ignorar que muitas dessas porradas, me moldaram naquilo que sou hoje. Que ajudaram a construir o Eu atual. Foram algumas conquistas, mas as muitas derrotas e perdas, fizeram-me perder a inocência de achar, que tudo um dia se iria resolver e fazer sentido. Não vai. Mas não importa. Acho que não importa. Até porque o ser ou não ser determinada coisa, ficará sempre dependente de quem avalia. Nunca seremos apenas uma coisa. Seremos uma multiplicidade de pessoas e personalidades, mediante as interações que temos com os outros. E muitas destas conclusões estão fora da nossa esfera de decisão. 

Neste momento, voltei a mudar uma data de coisas. Também este blogue, que ganha agora uma segunda vida, esperando eu, que a mantenha com um registo frequente do que é ter 41 anos, pois estou quase nos 42.