Ontem foi um dia muito importante. Comemorou-se o Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia e este “berloque” fez um mês. Não estou a igualar as duas efemeridades, até porque não faz nenhum sentido essa comparação, apenas estou a dizer que foi uma coincidência feliz. A verdade, é que nunca pensei assinalar estas datas posteriormente, e até tinha planos para fazer uma coisa catita, mas a preguiça em ligar o computador foi maior.
E não, não andei no passeio, não fui à praia e nem sequer estive de papo para o ar. Acordei tarde, tomei banho, almocei com a "famelga" e estive a tarde toda em limpezas - e a deprimir por causa do tempo. Vi muita gente a comemorar o Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia nas redes sociais, e além disso, fiquei a saber que no bê-bê-vinte-vinte ficou o concorrente aparentemente homofóbico e saiu o concorrente gay – o que não deixa de ser irónico.
Amigxs, o ódio a tudo o que seja diferente, ou que não se percebe, infelizmente, encontra-se intrinsecamente ligado à condição humana. As pessoas gostam muito de catalogar pessoas, quanto mais não seja para demonstrar a sua pseudo-moralidade (onde é que eu já ouvi isto?), ou que são “melhores” que os outros, em determinados contextos e situações - com o objectivo de não se tornarem ele num foco mediático. Infelizmente também, a luta por mudar mentalidades fará sempre parte da nossa realidade, pelo menos enquanto existirem seres humanos. Não se esqueçam que a escravatura já foi permitida (ainda o é, nalguns sítios), que as mulheres eram (ou ainda são?) catalogadas como seres inferiores e que a homossexualidade foi considerada doença pela Organização Mundial da Saúde até 1990 (and so on, and so on...)! Mas está tudo mal? Não. Mas está tudo resolvido? Não. Mas hoje está melhor que ontem, e compete a cada um de nós (sem nunca deixar de ser quem é) mudar algo, para que o amanhã seja melhor que hoje, e assim, ir construindo um mundo melhor para quem vier a seguir.
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