quarta-feira, abril 22, 2020

Televi-cenas: Séries Espanholas



Estou super viciado em séries espanholas (já estava na verdade, desde que assisti em 2018, à “Embaixada” e “Todos Suspeitos”, nos domingos à noite na Sic Radical) e recomendo. A qualidade destas produções é gigante, e prova disso mesmo, é a oferta que podemos encontrar em plataformas de streaming, como por exemplo a Netflix. Enquanto os portugueses se especializaram em novelas, intermináveis e com histórias “pastilha elástica”, “nuestros hermanos” estão no topo mundial em séries. De intriga, policial e de mistério.

Uma das coisas que me atraí nestes produtos espanhóis, é o facto da sua preocupação em inserir sempre personagens LGBTI+. Não que isso seja fundamental, ou obrigatório, mas revela um cuidado suplementar em mostrar diversidade, sem medos de julgamentos de terceiros. As personagens LGBTI+ nem sempre são boazinhas ou más, simples ou complexas. Há de tudo um pouco, passando pela loucura, até à procura do romance tradcicional (do príncipe encantado e tal). A tónica é sempre da normalidade, e não há coibição do beijo na boca, do sexo, do carinho em público ou do assumir que se gosta. Na rua. No trabalho. Ou na escola. E mesmo com estas condicionantes todas… pasmem-se! Estas séries têm audiência! De milhões e a nível global.  

Nesta quarentena, que mais se assemelha a uma prisão domiciliária, vi de uma assentada a série “Elite”, que gostei muito, e cujo o enredo do núcleo gay, mexeu comigo. Fiquei balançado, porque me revi nalgumas coisas, e em situações que queria ter vivido, ou resolvido, e que ainda não tive oportunidade. Ou coragem. Ou vontade. O certo, é que as coisas hoje parecem muito mais fáceis do que em 1996 ou 2001, onde comecei a descobrir-me, escondido, no velhinho mIRC.

E para não perder o embalo, ontem, comecei a assistir “Toy Boy”. E recomendo. Não só pelos motivos óbvios…, mas porque a história está bem contada. E sim. Tem um núcleo gay também.

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